Ultimamente tenho estudado muito sobre a influência, em nossas vidas, das pessoas com quem convivemos. E, segundo o psiquiatra Van der Kolk, especialista em traumas, o sentimento de estar em segurança com as pessoas que nos rodeiam talvez seja o aspecto mais importante da saúde mental.
Sempre pareceu claro, para mim, o quanto a comunicação não verbal é importante como, por exemplo, olhares, tons de voz e toques ocasionais entre pessoas que convivem de alguma forma. Mas conforme me aprofundo em meus estudos e vivências, me surpreendo cada vez mais com o quanto isso interfere no nosso existir e no sentir-se bem em nossa própria pele.
Nós nos constituímos através do olhar do outro, enquanto estamos em desenvolvimento. Formamos a nossa autoimagem através dessas experiências mais primordiais. Se somos olhados com afeição, sabemos que temos um lugar na mente e no coração do outro e internalizamos a imagem que esse outro tem de nós. Isso estabelece não apenas um senso de identidade para nós, mas também de lugar, de eu pertenço, eu sou querido aqui.
Se esse olhar nos faltou, se fomos repetidamente ignorados ou olhados com desprezo, não nos sentimos seguros em nosso próprio corpo, que aciona um sinal de alerta e faz com que sejamos impelidos a lutar, a fugir ou até mesmo a ter uma reação de congelamento. Nesta situação, somos carregados com o hormônio cortisol, o que aumenta o nosso estresse.
Mas o fato de sermos vistos e ouvidos pelos entes que nos cercam, sentindo que estamos na mente e no coração de alguém, faz com que tenhamos uma sensação visceral de segurança. Nossa fisiologia, então, se acalma e não nos sentimos ameaçados ou isolados.
Cientes desse funcionamento, o espaço terapêutico oferecido pela psicologia busca promover o encontro de dois seres que podem se ver, se perceber e sentir o que essa interação há de proporcionar: o terapeuta e o cliente.
Para que a psicoterapia seja um processo bem sucedido, é imprescindível que aquele que procura ajuda se sinta de fato bem recebido. Afinidade aqui, também, é fundamental. Sentir-se bem e confiar no profissional que te atende é até mesmo mais importante do que a escolha pela pretensa “melhor” abordagem da psicologia.
No final das contas, se fosse possível fazer uma receitinha básica para a saúde emocional, ela se resumiria em uma ação: estabeleça conexões seguras. Afinal, elas são o que faz a vida mais plena de sentido.
Faça terapia! Promova o autoconhecimento e amor-próprio a cada sessão, sentindo-se visto e ouvido como você é. Permita-se viver bem com si próprio!
Sobre Fernanda Lunardi – CRP 06/159430:
Com primeira formação em direito, seguiu para a psicologia ao desenvolver gosto por mediação e resolução de conflitos. É formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (em ambas graduações) e em Biopsicologia no Instituto Visão Futuro, onde atuou como facilitadora. Trabalhou como voluntária no CVV – Centro de Valorização à Vida, e hoje faz especialização em Biossíntese no IABSP e formação internacional em Psicoterapia Corporal Cênica em Pesso, com Richard Hoffman.
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