A política de Guarujá voltou a estampar novamente as manchetes policiais. O Ministério Público Federal (MPF) denunciou Valter Suman (PSDB), prefeito da Cidade. O fato novo desta vez foi o crime de lavagem de dinheiro. De acordo com a Polícia Federal (PF), Suman foi apontado como líder de uma organização criminosa, que teria desviado mais de R$ 109 milhões da Saúde. O MPF pede o afastamento do político e o confisco do dinheiro de corrupção encontrado com ele.
Diante dos fatos, o engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves, autor de dois pedidos anteriores de impeachment do prefeito Valter Suman, ambos rejeitados pela Câmara Municipal, protocolou mais um nesta manhã de sexta-feira na sede do Legislativo Municipal.
José Manoel, no seu pedido, solicita o afastamento definitivo do chefe do Executivo pela prática, em tese, de crime de responsabilidade e quebra de decoro na função pública de Prefeito, face aos gravíssimos fatos já listados em dois pedidos de impeachment anteriormente apresentados e agora com substanciado no fato novo a partir da decisão do desembargador Federal, Nino Oliveira Toldo, diante da denúncia oferecida pelo MPF em desfavor de Suman.
“Nós queremos a verdade dos fatos. Esse processo vem há algum tempo, desde a pandemia, e acusa o prefeito de desvio de recursos públicos da área da saúde, mesmo o prefeito sendo um médico. São absurdos em cima de absurdos. O processo está se afunilando e as decisões estão se aproximando da realidade da situação”, disse José Manoel.
Na nova denúncia, o MPF conclui que o Suman e Marcelo Nicolau, e ex-secretário de Educação da Cidade, cometeram o crime de lavagem de capitais, já que foi constatada a ocultação de dinheiro recebido de maneira indevida, oriundo de desvios de recursos públicos, além de outros atos de corrupção envolvendo contratos assinados pelo município e empresas fornecedoras de bens ou serviços públicos.
O MPF apontou que o dinheiro era transferido para locais seguros e ocultado em quatro endereços diferentes (residência do prefeito, em Guarujá; outro imóvel dele, em Santos; em um apartamento em São Paulo, que era ocupado por Marcelo Nicolau; e também no gabinete do prefeito de Guarujá.
O MPF solicitou a notificação de Suman e Nicolau, que terão o prazo de 15 dias para apresentar suas respostas às denúncias feitas pelo órgão, conforme decidido pelo desembargador Nino Toldo, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em notificação enviada aos denunciados no dia 21 de novembro.
Pedido
José Manoel pediu o afastamento imediato de Suman, com a cassação do mandato e o afastamento de qualquer cargo público por oito anos.
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