Em 2023, acidentes de trânsito foram as ocorrências mais frequentes atendidas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), representando 38,4% do total de atuações. O número de casos atendidos aumentou para 43.924, um crescimento de 2,7% em relação aos 42.770 acidentes registrados em 2022.
Entre janeiro e dezembro o CBMPR registrou um aumento de 9% nas ocorrências, totalizando 114.281 atendimentos, um acréscimo de 9.488 em relação a 2022. Durante o ano, 400 novos bombeiros foram integrados à corporação após um concurso público, e há expectativa de mais 130 contratações com um novo concurso previsto.
De acordo com a agência de notícias do estado, no ano passado o CBMPR registrou um aumento nas ocorrências de desastres naturais, especialmente devido às fortes chuvas. Houve um crescimento de 26% em missões de busca e salvamento, totalizando 15.219 casos, e um aumento de 58% em desastres como enchentes, com 323 ocorrências.
O coronel Manoel Vasco de Figueiredo Junior, comandante-geral do CBMPR, observa que, apesar de o estado ter enfrentado enchentes e incêndios florestais, o Paraná se destaca positivamente em comparação a outros estados por não ter registrado mortes diretamente relacionadas a esses incidentes durante o período.
“Tivemos um exemplo muito importante de União da Vitória, onde se demonstrou que nós estávamos preparados avisando a população que ela saísse do local, porque nós teríamos problemas com enchentes e isso prova e traz pra nós a palavra planejamento”, avalia.
Segundo o coronel, o planejamento é importante para o Corpo de Bombeiros, enfatizando a necessidade de expandir e empregar adequadamente o efetivo em resposta ao aumento das ocorrências.
Em 2023, os bombeiros atenderam 1.344 casos de afogamento, resultando em 53 mortes, apesar de um aumento no número de ocorrências em comparação a 2022, que teve 1.004 casos e 57 mortes.
Os casos de incêndio também subiram de 11.803 para 14.065, um aumento de 19%. Desses, 1.828 casos foram incêndios em vegetação, que saltaram de 4.659 para 6.487 casos. Incêndios em edificações e meios de transporte mantiveram-se estáveis, com 4.292 e 2.218 casos, respectivamente.
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