Por Roberto Marcon, CEO da ORÍGEO
O Brasil é responsável pela alimentação de 12% da população global, ou cerca de 1 bilhão de pessoas. Por trás desse número superlativo há conquistas em todos os campos. Estamos produzindo mais, melhor e de maneira cada vez mais sustentável, com foco ativo em uma agricultura regenerativa e de baixo carbono, que respeita o meio ambiente e é altamente eficiente.
Em 2000, a produção brasileira de grãos foi de 81 milhões de toneladas com o uso de 34,7 milhões de hectares. Em 2023, colocamos no mercado 322,8 milhões de toneladas de grãos, cultivados em 78,5 milhões de hectares.
A clareza das informações salta aos olhos: multiplicamos por três a oferta e crescemos somente 1,26 vez em utilização de área. Boas práticas agrícolas, agricultura de precisão, Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e demais práticas sustentáveis contribuem para esse resultado fantástico. No mesmo período, a produtividade saltou 76%, passando de 2.337 kg/ha para 4.111 kg/ha. Os dados são da Embrapa e da CONAB.
O produtor brasileiro é o ator principal dessa história, oferecendo uma contribuição singular para o futuro do planeta e das pessoas. Com regularidade, ele faz o manejo integrado de pragas, doenças e plantas invasoras, investindo no uso racional de insumos, com especial atenção ao aumento de adoção das biossoluções, que contribuem cada vez mais para práticas agrícolas mais resilientes e sustentáveis.
Além disso, outras tecnologias e estratégias vêm ganhando projeção, como a irrigação, hoje presente em cerca de 8,5 milhões de hectares, sendo uma excelente opção em termos de uso racional da água, e a citada ILPF, já praticada em 17 milhões de hectares, que reduz em até 30% o volume de emissões de gases de efeito-estufa. Nesse campo, aliás, a pecuária investe cada vez mais no pastejo rotacionado, técnica de alto impacto para preservação das pastagens. Vale ressaltar que o agricultor também é adepto do plantio direto, técnica desenvolvida no Brasil ainda na década de 1970, que protege a terra e aumenta a produtividade, e pode atingir até 75% da área plantada até 2030, segundo projeção do Plano ABC+. Estamos falando em mais de 60 milhões de hectares com a técnica, que reduz o tratamento mecânico do solo.
Todos esses números e exemplos nos orgulham como agentes da cadeia da produção de alimentos. E cumprimos com responsabilidade nosso papel de contribuir para a contínua evolução da agricultura. Afinal, estamos falando em mais alimentos, fibras e bioenergia. Para isso, colocamos à disposição dos agricultores as mais modernas tecnologias para manter esse ritmo de evolução em produção e em produtividade.
Este é, na verdade, nosso dever como parceiro que suporta o agricultor, simplificando o seu dia a dia, oferecendo o que há de mais inovador em insumos, produtos e serviços, de ponta a ponta, desde o pré-plantio até a colheita por meio de um atendimento personalizado.
O aumento da produtividade com sustentabilidade é um benefício para todos. Sendo mais eficientes, os agricultores aumentam a oferta de alimentos seguros e de qualidade para atender às necessidades de uma população global em crescimento. O meio ambiente agradece, pois a biodiversidade é protegida, a natureza responde melhor aos desafios das mudanças climáticas e cumprimos nosso papel para a redução dos gases de efeito estufa.
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