Diferentemente de exageros cometidos esporadicamente durante algumas refeições, a compulsão alimentar, definida pela Organização Mundial da Saúde – OMS, como um distúrbio caracterizado por ingestão exagerada de alimentos em curto intervalo de tempo, sem que haja fome ou necessidade física, atuamente atinge 4,7% da população brasileira, quase o dobro da população mundial, com cerca de 2,6%.
De acordo com Cintya Bassi, coordenadora de nutrição e dietética do São Cristóvão Saúde, em exageros casuais, “é possível controlar o comportamento e a alimentação, para evitar a fome em horários indevidos e melhorar as escolhas”.
Porém, ao se tratar de um transtorno, como é o caso da compulsão, “os fatores estão muitas vezes relacionados a questões emocionais, como culpa, baixa autoestima ou vergonha, por exemplo, e fazem com que a pessoa perca o controle sobre sua alimentação e depois se culpe por isso”, revela a especialista. Em casos como esses, o paciente precisa ser tratado por uma equipe multidisciplinar, incluindo acompanhamento psicológico, para juntos traçarem estratégias bem definidas.
Sintomas e como identificá-los
Segundo pesquisa sobre desordens alimentares, “Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders”, disponibilizado pelo Manual MSD – Versão para Profissionais de Saúde, existem alguns critérios para se classificar um caso como compulsão alimentar, dentre eles:
Episódios ocorrem, em média, pelo menos 1 vez/semana, por 3 meses;
Os pacientes têm sensação de falta de controle em relação à alimentação;
Além disso, ao menos três dos seguintes relatos abaixo devem estar presentes:
Comer muito mais rápido do que o normal;
Comer até se sentir desconfortavelmente cheio;
Comer grandes quantidades de alimento quando não se sentindo fisicamente com fome;
Comer sozinho, por vergonha;
Sentir-se nauseado, deprimido ou culpado depois de comer excessivamente.
É importante observar que nem todas as pessoas com transtornos alimentares exibem sinais claros, ou combinações de sintomas. Desse modo, compartilhar sentimentos e preocupações com pessoas próximas e de confiança, é uma forma de receber suporte e incentivo a procurar profissionais especialistas na área.
Sobre o Grupo São Cristóvão Saúde
Administrado pela Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão, o Grupo São Cristóvão Saúde possui 10 Unidades de Negócio, que englobam: Hospital e Maternidade, Plano de Saúde, Centros Ambulatoriais, Centro Cardiológico, Centro Laboratorial (CLAV), Centro Endogástrico (CEGAV), Centro de Atenção Integral à Saúde (CAIS I e II), Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP Dona Cica) e Filantropia. Referência em saúde, na cidade de São Paulo, a Instituição completou 111 anos em dezembro de 2022. O Grupo promove uma grande modernização e expansão em sua estrutura física e tecnológica, investindo em equipamentos, certificações e profissionais qualificados. Atualmente, o complexo hospitalar conta com 309 leitos, além de oito Centros Ambulatoriais, que realizam milhares de consultas, proporcionando qualidade assistencial às mais de 160 mil vidas do Plano de Saúde e 18 mil vidas do Plano Odontológico.
O Grupo São Cristóvão Saúde tem como Presidente/ CEO o Engº Valdir Pereira Ventura, responsável pelas Unidades de Negócio e, desde 2007, atuando à frente das decisões Institucionais.
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Compulsão alimentar: Distúrbio no Brasil é quase o dobro do que índice sofrido pela população mundial
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