Desde a mais tenra idade, nós mulheres somos confrontadas com uma série de expectativas sociais e barreiras culturais que não apenas definem os contornos de nossa infância, mas também projetam longas sombras sobre suas aspirações futuras. Essas expectativas começam com brinquedos e jogos que, embora pareçam inocentes, frequentemente nos canalizam para papéis tradicionalmente limitados dentro do que a vida iria nos oferecer.
À medida que crescemos, essas normas se enraízam mais profundamente, manifestando-se em pressões sociais que desencorajam a assertividade e, principalmente, a liderança, ao mesmo tempo que promovem a conformidade e a passividade. O resultado dessas influências acumuladas é um terreno desafiador para mulheres que aspiram a papéis de liderança. Para conseguirmos, temos que não apenas combater as inseguranças internas cultivadas desde a infância, mas também nos provar constantemente melhores. O esforço deve ser sempre maior.
Desde o início, sabia que o caminho não seria fácil. As barreiras, tanto visíveis quanto invisíveis, que mulheres enfrentam no ambiente empresarial são bem documentadas, mas vivenciá-las é outra história. A discriminação de gênero, o equilíbrio entre as responsabilidades pessoais e profissionais, e o desafio constante de ser levada a sério em uma sala de reuniões dominada por homens, foram apenas algumas das dificuldades que encontrei.
Entretanto, acredito que o segmento de franquias abriu-me portas que de outra forma poderiam ter permanecido fechadas. Confesso que minha carreira passou por muitas situações até aqui e, uma delas, foi poder encontrar pelo caminho tantas e tantas mulheres que queriam buscar uma mudança de vida. E estar em frente a isto, poder guiar ao melhor negócio e que fosse sempre leve e próspero, não tem preço.
Fui acolhida em um segmento dominado por homens com visão, apoio e incentivo do CEO do grupo que sempre diz aos quatro cantos ‘fui criado por grandes mulheres, por isso prefiro trabalha com elas. São muito melhores que nós’. Confesso que estes incentivos e depósito de confiança fizeram toda a diferença em minha trajetória, mas tenho absoluta certeza que nem todas as mulheres tem portas abertas em algum momento. E é por isso que meu trabalho se torna tão gratificante.
Poder lidar com histórias e guia-las ao empreendedorismo, ver mudanças de vidas, acompanhar cada processo não tem preço. O franchising – me refiro ao sério e profissional – acaba se tornando uma rede de apoio e, mais importante, em uma comunidade que valoriza a liderança feminina.
A jornada para me tornar Diretora de Expansão não foi apenas sobre superar obstáculos externos, mas também sobre o crescimento interior. Aprender a confiar na minha voz, reconhecer meu valor e liderar com empatia e determinação foram lições inestimáveis. Cada não que recebi na minha história, cada porta que se fechou, não foi visto como um revés, mas como uma oportunidade para crescer e me reafirmar.
O franchising, especialmente em uma empresa progressista como a que, hoje, dirijo, deu-me a plataforma para influenciar positivamente outras mulheres. Através do desenvolvimento de programas de treinamento e liderança, tive a oportunidade de moldar um ambiente que não apenas acolhe, mas celebra a diversidade e a inclusão.
As histórias de sucesso de mulheres no franchising são um testemunho do que é possível quando barreiras são quebradas e redes de apoio são construídas. Para mim, o maior benefício do empreendedorismo guiado por franquias não é apenas o sucesso financeiro, mas a chance de liderar pelo exemplo, demonstrando que outras pessoas também podem e devem ocupar espaços de liderança.
Olhando para trás, vejo uma jornada repleta de desafios, aprendizados e conquistas. E olhando para frente, vejo um trajeto que ainda precisa de muita caminhada e que estou comprometida a pavimentar não só para mim, mas para as inúmeras mulheres que seguirão com coragem, paixão e perseverança.
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