Segundo dados do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), o número de pessoas que se automedicam no Brasil é de 89%, quase 9 em cada 10 pessoas praticam o uso de medicação sem o acompanhamento adequado. Esse comportamento, aparentemente inofensivo para muitos, traz consigo riscos significativos para a saúde. Considerando esse cenário, o Hospital Estadual de Formosa (HEF), unidade do governo de Goiás, com administração do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento – IMED, faz um alerta sobre os riscos do uso de medicamentos sem a orientação médica.
A automedicação é a prática de usar medicamentos sem orientação e prescrição médica, seguindo indicações de amigos, familiares ou se baseando em dados informais. Os principais medicamentos envolvidos nesse ato de “venda livre” estão os analgésicos, anti-inflamatórios e medicamentos para resfriados.
O uso excessivo de medicamentos pode levar a efeitos colaterais graves, podendo o mais simples remédio mascarar sintomas de doenças mais sérias. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) calcula que 18% das mortes por envenenamento no Brasil podem serem atribuídas à automedicação, e 23% dos casos de intoxicação infantil estão ligados à ingestão acidental de medicamentos, os quais são armazenados em casa de forma incorreta e de fácil alcance.
Conforme o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, cerca de 30 mil casos de internação são registrados por ano no Brasil por decorrência de intoxicação. Entre os que mais intoxicam estão os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios.
Para o coordenador da Farmácia do HEF, Alex Luiz, é crucial reconhecer a singularidade de cada indivíduo frente aos medicamentos. O que é benéfico para um paciente pode ser potencialmente prejudicial para outro. Devemos estar atentos aos sinais mais sutis, pois a automedicação pode resultar em efeitos adversos, como: Dores estomacais, úlceras e até sangramentos nos casos mais graves. É fundamental destacar a importância de buscar a orientação médica antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso.
“É importante ressaltar que cada organismo reage de forma única. O que pode ser bom para uma pessoa pode ser prejudicial para outra. Devem estar atentos aos sinais por mais sutis que sejam, pois o uso inadequado de medicamentos pode resultar em dores de estômago, úlceras e, em situações mais sérias, até mesmo sangramentos, e sempre lembrar que nunca é um simples medicamento, pois pode levar a problemas mais sérios”, afirma Alex.
Diante de tantos dados alarmantes, torna-se evidente a necessidade de conscientização e educação sobre os perigos da automedicação. A busca pela orientação médica adequada é fundamental para garantir a segurança e eficácia no uso de medicamentos, seja para tratar uma simples dor de cabeça ou um problema mais sério. Sempre é recomendável buscar ajuda de um profissional qualificado, e o cuidado com a saúde deve ser individualizado e responsável.
Assessor de comunicação do HEF
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