Oferecer um ambiente de trabalho inclusivo e que atenda às necessidades de saúde das mulheres é uma questão de conformidade legal e também de responsabilidade social.Isto é importante durante todo o ano, mas ainda mais durante o Outubro Rosa, um mês inteiro dedicado à priorização da saúde das mulheres em todos os contextos.
As empresas que investem em programas de saúde voltados ao público feminino promovem bem-estar e constroem uma cultura de respeito e cuidado que pode impactar positivamente a produtividade e até a retenção de talentos.
5 formas de garantir os direitos à saúde da mulher no ambiente corporativo.
1. Ofereça benefícios de saúde que atendam necessidades específicas das mulheres
Embora planos de saúde sejam um benefício comum em muitas empresas, é fundamental que eles cubram serviços essenciais para a saúde das mulheres, como acompanhamento ginecológico, exames preventivos e cuidados com a saúde reprodutiva.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), muitas mulheres enfrentam barreiras para acessar serviços de saúde adequados, especialmente no trabalho.
Além de incluir esses benefícios nos pacotes oferecidos aos colaboradores, empresas podem ir além ao realizar campanhas de conscientização interna. Isso incentiva que as mulheres estejam mais atentas à sua saúde, promovendo exames periódicos e prevenindo doenças como o câncer de mama e colo do útero.
2. Crie políticas de licença para cuidados médicos e familiares
A saúde da mulher vai além dos cuidados individuais. Mulheres que têm responsabilidades familiares ou que precisam cuidar de filhos e parentes muitas vezes são afetadas pela falta de políticas flexíveis de licença.
As empresas podem adotar medidas que permitam que essas funcionárias tirem folgas ou ajustem sua jornada para acompanhar consultas e tratamentos médicos, sem perder direitos ou sofrer consequências profissionais.
Políticas de licença-maternidade ampliadas e o oferecimento de licença-paternidade também são medidas que mostram o compromisso de uma empresa com o bem-estar de suas trabalhadoras.
3. Implementação de programas de apoio à saúde mental
A saúde mental é parte fundamental da saúde como um todo, sendo a sobrecarga no trabalho ou a famosa “dupla jornada”, que inclui as responsabilidades profissionais e domésticas das mulheres, fatores que majoram os riscos de ansiedade e depressão. O ambiente de trabalho pode ser um local seguro para abordar essa questão.
Programas de apoio psicológico, treinamentos sobre gestão de estresse e iniciativas de equilíbrio entre vida pessoal e profissional são excelentes maneiras de oferecer suporte. Empresas podem disponibilizar aconselhamento psicológico ou até mesmo sessões regulares com psicólogos contratados.
4. Promova o diálogo sobre menopausa e outras questões de saúde específicas
Há uma série de condições de saúde que afetam especificamente as mulheres e que, muitas vezes, não são abordadas nos ambientes corporativos. A menopausa, por exemplo, é um período da vida que pode trazer desconfortos físicos e emocionais que impactam a performance profissional. No entanto, muitas mulheres ainda se sentem inseguras em falar sobre o assunto no trabalho.
Criar um ambiente onde temas como a menopausa e outras questões, como endometriose, sejam tratados com naturalidade e em grupos e momentos específicos é essencial para a inclusão.
5. Adapte o ambiente de trabalho para promover o bem-estar físico
A ergonomia e o conforto no ambiente de trabalho são aspectos indispensáveis da saúde física das trabalhadoras. Mulheres grávidas, por exemplo, necessitam de condições específicas para evitar complicações durante a gestação. Oferecer cadeiras ajustáveis, pausas para alongamento e até espaços de descanso são formas de promover um ambiente que respeite essas necessidades.
Além disso, a flexibilidade no horário de trabalho e o incentivo ao trabalho remoto podem ser grandes aliados para o bem-estar físico e mental das mulheres, especialmente em momentos de maior necessidade.
O impacto positivo de programas de saúde inclusivos
As empresas que investem em programas de saúde voltados para as mulheres colhem as recompensas, como o aumento da produtividade e a redução de afastamentos. Uma pesquisa McKinsey revelou que empresas que implementam programas de suporte à saúde mental observam uma redução nas ausências de colaboradores. Por exemplo, programas de gestão da depressão podem reduzir em até 30% os dias de falta ao trabalho devido a problemas de saúde mental. A importância de garantir esses direitos está alinhada às discussões que vêm sendo promovidas por iniciativas como o Radar Sindical, que destaca a necessidade de fortalecer as políticas de saúde e direitos coletivos no ambiente de trabalho, assegurando o bem-estar integral dos trabalhadores.
Garantir os direitos à saúde das mulheres no ambiente de trabalho é uma forma de demonstrar que a empresa se preocupa com o bem-estar integral de suas funcionárias. E, em última instância, trabalhadores mais saudáveis, motivados e bem cuidados são essenciais para o sucesso de qualquer organização.
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DANIEL CORREA RODRIGUES
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