Com o aumento do número de mulheres optando por engravidar mais tarde, seja por questões de carreira, independência ou planejamento pessoal, o congelamento de óvulos se torna uma alternativa cada vez mais procurada, considerando ainda que a idade da mulher é um fator crucial, já que a qualidade dos óvulos diminui após os 35 anos. Por isso, muitas mulheres têm buscado esse procedimento para garantir liberdade de escolha no futuro, permitindo que possam ter filhos biológicos de forma natural em momentos mais adequados às suas vidas.
Historicamente, os procedimentos de reprodução assistida foram considerados muito caros e, por isso, inacessíveis a uma grande parte da população. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), muitos ainda acreditam que o congelamento de óvulos custa entre R$ 20 mil e R$ 30 mil. No entanto, com a Engravida, essa realidade começou a mudar. A rede, com oito clínicas em diversas regiões do Brasil e com planos de expansão para 2025, tem o compromisso de tornar esses procedimentos financeiramente acessíveis, com o valor vigente, neste ano, abaixo de R$ 10 mil.
“Por mais que os procedimentos estejam crescendo, ainda há muitas mulheres com desejo de realizar o procedimento, mas com receio do valor. Muita gente ainda vê o congelamento de óvulos como inacessível, e foi assim por muitos anos. Foi após vivenciar o processo para ter meu segundo filho que decidi fundar a Clínica Engravida, há 16 anos, com a proposta de mudar essa realidade”, explica Fábio Liberman, CEO e fundador da Engravida.
Além da questão financeira, muitos casais enfrentam barreiras logísticas para acessar o tratamento. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com apenas 11 clínicas públicas, e as filas de espera podem chegar a dois anos, priorizando mulheres com risco de infertilidade.
Com um custo mais acessível, a Engravida tem contribuído para a realização do sonho de muitas famílias, ajudando a trazer ao mundo mais de 6 mil bebês nos últimos anos. “Realizar esses procedimentos pode ser uma forma de garantir um futuro com mais possibilidades, sem comprometer financeiramente o presente. Isso precisa ser um direito de todo cidadão”, reforça Liberman.
Liberdade de escolha para a mulher
Ao optar pelo congelamento de óvulos, as mulheres mantêm a possibilidade de ter filhos mais tarde, evitando a pressão do relógio biológico. Como afirma a influenciadora Paula Barbosa, de 40 anos: “Sempre priorizei minha carreira e tenho uma vida muito corrida. Quero ter a liberdade de escolha no futuro. Congelar óvulos me dá essa possibilidade.”
Especialistas destacam que, depois dos 35 anos, as chances de engravidar diminuem drasticamente, mas poucas mulheres conversam sobre esse tema. O sucesso do congelamento de óvulos tem melhorado com os avanços tecnológicos, e estudos mostram que a taxa de sobrevivência dos óvulos após o descongelamento e a taxa de gravidez bem-sucedida são cada vez mais favoráveis, especialmente quando o congelamento é realizado antes dos 35 anos.
“Não é sobre ter pressa ou pressão para decidir agora, mas sim sobre dar a si mesma a chance de escolher no futuro. É sobre manter as portas abertas e ter a liberdade de decidir quando for o momento certo para você”, conclui Paula.
Com uma visão voltada para o planejamento e a liberdade de escolha no futuro, Liberman afirma: “É como fazer um seguro da fertilidade. Quem congela óvulos não precisa decidir imediatamente se deseja ter filhos, pois isso não é uma decisão simples; trata-se de ter opções para o futuro.”
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Larissa Delsin Baeta
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