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Fogos de artifício estão no topo dos medos que cães sentem de barulhos altos: em um estudo conduzido por pela Escola de Ciências Veterinárias da Universidade de Bristol, no Reino Unido, esse foi o maior motivo de apreensão apontado por 83% dos 3.897 tutores. Segundo os relatos, quando submetidos a esses ruídos os cães tendem a fazer sons, tremer ou se sacudir, tentar se esconder e aparentam buscar proteção de quem confiam. O fim de ano, época na qual duas datas tendem a contar com queima de fogos, o Natal e o Ano-Novo, podem trazer à tona esse estresse e desorientação a animais; os domésticos podem inclusive fugir de suas casas. Além dos bichinhos, pessoas mais sensíveis ao som e neurodivergentes também podem sentir apreensão e desconforto.
Marco Aurélio de Paula, fundador e CEO da GRM Acústica e do Instituto da Acústica, indica algumas ações que podem ser tomadas para minimizar esses problemas. “A ação mais óbvia é manter janelas e portas fechadas, mas o que às vezes as pessoas não lembram é de fechar também as cortinas. Aquelas mais grossas, especialmente as do tipo ‘blackout’, conseguem trazer mais uma camada de absorção e eventualmente bloqueio contra a propagação de sons”, detalha. “Pode-se usar também dispositivos de som ambiente que mascaram ruídos externos e quem puder investir em medidas de isolamento acústico terá ainda mais proteção. Casos mais críticos podem exigir barreiras, como a instalação de janelas acústicas”, completa.
A música alta, também é outro ponto de discordância entre as pessoas. No Brasil, somente no primeiro bimestre de 2024, segundo dados oficiais da Prefeitura de São Paulo, as reclamações seguem em alta: foram 4197 solicitações que resultaram em 85 termos de orientação e 56 multas, segundo o PSIU – Programa de Silêncio Urbano em São Paulo. No Brasil, a questão é ainda maior, considerando-se que são cerca de 1,5 milhão de estabelecimentos registrados nestas categorias segundo a Abrasel.
Do lado de quem está planejando uma confraternização, seja uma festa familiar ou um encontro com públicos maiores, é possível também ter a conscientização e buscar maneiras de mitigar os ruídos emitidos. “É possível fazer o planejamento acústico de um evento, seja qual for o seu tamanho”, esclarece Marco. “Um projeto personalizado de isolamento acústico, com laudos técnicos de conformidade com as normas brasileiras, vai, além de evitar problemas com vizinhos e mesmo com os próprios participantes da comemoração, garantir tranquilidade caso alguém faça uma denúncia”, alerta. “Vale lembrar que a NBR 10.151 regulamenta horários e intensidade de ruídos. Além dela, há também as leis municipais de silêncio e vale se atentar às regras de convivência estabelecidas em um condomínio, que continuam valendo mesmo neste período de férias e recessos”.
Seja qual for a situação, Marco recomenda que o diálogo seja abraçado. “Quem mora nas proximidades dos locais nos quais costuma haver celebrações do tipo pode procurar os organizados e alinhar expectativas e horários, bem como incentivar o uso de fogos silenciosos, já disponíveis no mercado”.
“Em todos os casos, o engenheiro acústico é o profissional que vai ser capaz de entender quais as necessidades específicas daquela operação, bem como do ambiente no qual ela está inserida, fazendo as medições precisas e indicando quais as ações mais adequadas”, finaliza.
Sobre a GRM Acústica
A GRM Acústica foi fundada em 2015 pelo Engenheiro Marco Aurélio de Paula, engenheiro especialista em acústica, que já foi professor do MBA do SENAI de Joinville, UNIFEI, e de especialização na PUC-MG, além de ministrar cursos de forma online no Brasil e no mundo. A empresa soma hoje mais de 10 mil horas em campo com projetos realizados na indústria, construção e meio ambiente. Trazendo experiência de consultoria, projetos e análise de campo de ruído e vibrações, a GRM conta com grandes parceiros de laboratórios, softwares e instrumentos de medição para oferecer serviços de engenharia de acústica e vibrações do mais alto nível de competência e qualidade.
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MARIANA GARRETT PAKER RODRIGUES
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