Globalmente, o norovírus é responsável por quase 684 milhões de casos de infecção anualmente, enquanto os Estados Unidos sozinhos registram cerca de 21 milhões. No contexto local, o estado do Paraná adota rígidas medidas de vigilância durante períodos críticos como o verão, quando os surtos de DDAs (Doenças Diarreicas Agudas) são mais frequentes.
Até meados de janeiro, 5.439 casos de viroses já foram atendidos nas áreas litorâneas do estado, um aumento significativo em relação ao ano anterior. A vigilância nos 399 municípios e as recentes instalações de tendas de atendimento nas regiões litorâneas são esforços vitais para enfrentar este desafio de saúde pública e minimizar seu impacto na população.
O norovírus é um RNA vírus altamente transmissível e a principal causa de gastroenterite aguda em humanos, afetando milhões de pessoas ao redor do mundo anualmente. Juntamente com outros vírus como o rotavírus, astrovírus e adenovírus, o norovírus contribui significativamente para as Doenças Diarreicas Agudas (DDA). Estas doenças são caracterizadas por sintomas de diarreia intensa e súbita, náuseas, febre e dor abdominal, ocorrendo geralmente em surtos, especialmente em locais com grande aglomeração de pessoas, como áreas litorâneas durante o verão.
Os sintomas associados ao norovírus e outras viroses gastrointestinais se manifestam geralmente entre 12 e 48 horas após a exposição. Além da diarreia e vômito, pode haver dor de estômago, febre, dor de cabeça e mal-estar geral. O tratamento inicial é focado na reidratação, utilizando líquidos como água, soro de reidratação oral e água de coco — fontes que ajudam na reposição de sais minerais essenciais.
É crucial que pacientes com sintomas severos, especialmente crianças, idosos e imunocomprometidos, procurem assistência médica para prevenir agravamentos, como a desidratação, procurando a unidade de saúde mais próxima da região litorânea.
No Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) desempenha um papel fundamental no monitoramento e controle de surtos de DDAs (Doenças Diarreicas Agudas). Isso é feito por meio do SIVEP DDA e do sistema SINAN NET, que capturam dados epidemiológicos cruciais para o entendimento dos surtos e suas dimensões. A SESA também está à frente de programas como o Vigiagua, que assegura a qualidade da água, crucial para a prevenção dessas doenças. Para orientação e atendimento, profissionais da saúde e pacientes podem contar com as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) distribuídas nas regiões afetadas.
*Willian Barbosa Sales é Biólogo, Doutor em Saúde e Meio Ambiente e Coordenador dos cursos de Pós-graduação área da saúde do Centro Universitário Internacional UNINTER.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
JULIA CRISTINA ALVES ESTEVAM
julia@nqm.com.br