O agronegócio brasileiro, pilar da nossa economia, enfrenta o desafio de suprir a crescente demanda global por alimentos, ao mesmo tempo em que busca modernizar suas operações. Para isso, o acesso a financiamento é crucial, e novas alternativas têm se destacado no cenário nacional.
A Cédula do Produtor Rural (CPR), instituída pela Lei nº 8.929/1994, é um título que permite ao produtor rural antecipar recursos financeiros, comprometendo a entrega futura de sua produção, ou seja, com ou sem garantias, a CPR oferece flexibilidade e segurança, sendo uma ferramenta consolidada no mercado.
O Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro), regulamentado em 2021, democratiza o acesso ao financiamento do agronegócio. Através de fundos que investem em imóveis rurais, recebíveis e participações societárias, ou seja, o Fiagro atrai capital privado e diversifica as fontes de recursos para o setor.
As Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras, lastreados em créditos do agronegócio, oferecem isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas e contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Com isso, as LCAs se tornam uma opção atrativa para investidores que buscam segurança e rentabilidade.
A demanda global por alimentos, com projeção de crescimento anual de 1,3% até 2032 (OCDE e FAO), exige que os produtores brasileiros invistam em tecnologia, infraestrutura e práticas sustentáveis para aumentar a produtividade e a eficiência. Nesse contexto, as alternativas de financiamento, como a CPR, o Fiagro e a LCA, são essenciais para viabilizar esses investimentos e garantir a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado global.
É fundamental que produtores, investidores e formuladores de políticas trabalhem em conjunto para fortalecer essas alternativas de financiamento, garantindo um setor agropecuário desenvolvido e sustentável. Portanto, o futuro do agronegócio brasileiro depende da capacidade de inovar e encontrar soluções financeiras que atendam às necessidades do setor, impulsionando o crescimento e a geração de renda para nossos produtores e para nosso país.
(*) Alexandre Francisco de Andrade é Mestre em Engenharia de Produção e Coordenador nas áreas de Finanças e Agronegócio na UNINTER.
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JULIA CRISTINA ALVES ESTEVAM
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