O início do ano traz consigo uma série de despesas que podem comprometer o orçamento familiar. Entre impostos, matrículas escolares e outras contas sazonais, muitas pessoas enfrentam dificuldades para equilibrar as finanças nesse período.
Sem um planejamento adequado, essas obrigações podem gerar endividamento e impacto no poder de compra ao longo dos meses seguintes.
Diante desse cenário, diferentes modalidades de crédito podem ser alternativas viáveis para aliviar o peso dessas contas. Mas qual a melhor opção para cada situação?
Confira neste artigo os cinco tipos de crédito mais utilizados no início do ano e saiba como escolher a melhor solução financeira.
Quais são as principais contas de início de ano?
No começo do ano, é comum nos depararmos com uma série de despesas que podem pesar no bolso.
Segundo a pesquisa Datatudo, feita com os leitores do blog da fintech de crédito meutudo, as principais despesas do começo do ano são:
IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)
IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores)
Licenciamento de veículo
Reajustes de aluguel
Despesas escolares, como matrículas, materiais, uniformes e mensalidades
Renovações de seguros residenciais, automotivos ou de vida
A pesquisa ainda mostrou um gráfico com a porcentagem de respondentes em cada despesa, onde podemos ver que o IPTU e o IPVA são as principais contas do início do ano:
Essas despesas podem comprometer o orçamento, especialmente se não houver planejamento prévio. Para auxiliar no pagamento dessas contas, existem diferentes tipos de crédito disponíveis no mercado.
5 principais tipos de crédito utilizados para pagar
Para equilibrar as finanças no início do ano, muitos recorrem a diferentes modalidades de crédito, como mostra o gráfico abaixo:
Apesar de existirem várias alternativas, a dúvida que fica é: afinal, qual opção de crédito seria a mais vantajosa para pagar essas despesas?
A seguir, você confere de forma detalhada cada opção para analisar qual delas se encaixa melhor nas suas finanças.
Empréstimo Pessoal
O empréstimo pessoal é uma modalidade de crédito oferecida por bancos e financeiras, onde o solicitante recebe uma quantia em dinheiro para uso livre.
As condições, como taxas de juros e prazos de pagamento, variam conforme a instituição e o perfil do cliente, mas essa modalidade costuma aplicar taxas de juros mais elevadas, já que não existe nenhuma garantia de pagamento.
Por isso, é importante avaliar as condições oferecidas e certificar-se de que as parcelas caberão no orçamento.
Empréstimo Consignado
O Empréstimo consignado é uma opção de crédito onde as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento ou benefício do solicitante.
Devido à garantia de pagamento, as taxas de juros costumam ser mais baixas em comparação a outras modalidades.
Atualmente existem três tipos de consignado que são destinados a públicos diferentes:
Consignado para INSS: destinado a aposentados e pensionistas do INSS
Consignado para servidores públicos: voltado para funcionários públicos das esferas municipal, estadual e federal
Consignado privado: disponível para trabalhadores do setor privado com carteira assinada e vínculo empregatício
No consignado INSS as taxas de juros são reguladas pelo governo, garantindo condições favoráveis aos tomadores.
Além disso, recentemente, o prazo máximo para pagamento foi ampliado de 84 para 96 meses, proporcionando maior flexibilidade no planejamento financeiro.
Já o consignado para servidores públicos oferece condições atrativas devido à estabilidade empregatícia dos servidores.
As taxas de juros são competitivas, e o prazo para quitação pode chegar a até 96 meses, dependendo da instituição financeira e das políticas vigentes.
Por fim, o Consignado privado é uma modalidade que está passando por uma reformulação para se tornar mais acessível.
Tradicionalmente, essa modalidade exigia que a empresa do trabalhador tivesse convênio com instituições financeiras, limitando o acesso ao crédito.
Mas, o governo federal planeja eliminar essa necessidade, permitindo que o trabalhador consiga acessar o crédito a partir do aplicativo da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), eliminando a intermediação com o empregador.
Com essa mudança, espera-se ampliar o acesso ao crédito consignado para cerca de 42 milhões de trabalhadores formais no país.
Além disso, a proposta prevê uma margem consignável de até 35% do salário líquido do trabalhador. A margem representa o valor que pode ser comprometido do salário para pagar o consignado.
O prazo de pagamento continua em discussão, com a possibilidade de parcelamento em até 84 meses*, ampliando as opções de financiamento para os trabalhadores do setor privado.
* Consultar condições de parcelamento com a instituição financeira
Antecipação FGTS
Outra opção para quitar as despesas do início do ano é contratar a Antecipação do FGTS.
A Antecipação é um tipo de empréstimo que funciona através da modalidade do Saque-Aniversário.
Com ela, os trabalhadores com saldo em contas ativas ou inativas do Fundo e aderiram à modalidade Saque-Aniversário conseguem antecipar as parcelas futuras do saque.
Dessa forma, ao invés de esperar todo ano para receber o valor, é possível antecipá-lo e receber uma quantia maior.
A principal vantagem dessa modalidade é que ela não compromete a renda mensal. Na Antecipação as parcelas são descontadas automaticamente do FGTS. Por isso, esse crédito também oferece taxas de juros reduzidas.
Essa opção pode ser útil para quitar despesas de início de ano, mas é fundamental entender as condições e avaliar se é a melhor alternativa para sua situação financeira.
Cartão de crédito e Pix parcelado
O cartão de crédito é um dos meios de pagamento mais utilizados pelos brasileiros, principalmente para despesas emergenciais e parcelamento de compras.
No entanto, é fundamental utilizá-lo com responsabilidade, pois os juros do crédito rotativo são um dos mais caros do mercado.
Já o Pix parcelado surgiu como uma alternativa ao cartão de crédito. Algumas instituições financeiras oferecem essa modalidade, permitindo que o usuário faça um pagamento via Pix e parcele o valor diretamente no banco ou fintech.
Essa opção pode ter taxas menores do que o parcelamento convencional do cartão, mas ainda exige atenção às condições impostas, como juros e tarifas adicionais.
Como escolher o melhor crédito para mim?
A escolha da modalidade de crédito ideal depende de diversos fatores, como a urgência da necessidade, a capacidade de pagamento e as condições oferecidas pelas instituições financeiras.
Antes de optar por um empréstimo ou financiamento, considere:
Taxas de juros: compare as taxas oferecidas e escolha a mais vantajosa
Prazos de pagamento: verifique se o prazo se adequa à sua capacidade financeira
Condições contratuais: leia atentamente o contrato e esclareça todas as dúvidas antes de assinar
Necessidade real do crédito: avalie se o crédito é realmente necessário ou se é possível ajustar o orçamento de outra forma
Lembre-se de que o crédito deve ser uma ferramenta para auxiliar no equilíbrio financeiro, e não uma solução que possa gerar endividamento excessivo.
O planejamento e a educação financeira são fundamentais para manter as finanças em dia, especialmente diante das despesas típicas do início do ano.
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Aline Pereira da Silva
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