O Pix Automático, nova funcionalidade do sistema de pagamentos instantâneos brasileiro, promete revolucionar as transações recorrentes, oferecendo oportunidades significativas para empresas de diversos setores. De acordo com o estudo da fintech Ebanx, a modalidade deverá movimentar US$ 30 bilhões em pagamentos de comércio eletrônico nos próximos dois anos.
Lançado no final de 2020 pelo Banco Central do Brasil, o Pix, rapidamente, tornou-se a forma de pagamento preferida dos brasileiros, ultrapassando cartões de crédito e débito e quase acabando com o uso do dinheiro. Apenas em 2024, foram movimentados inéditos R$ 26,5 trilhões, conforme o BC, representando um crescimento de 54% em relação aos R$ 17,2 trilhões registrados em 2023.
Agora, com o Pix Automático, será possível realizar cobranças programadas de maneira semelhante ao débito automático, eliminando burocracias e facilitando a gestão financeira das empresas e consumidores. Além disso, também será permitido que contas como mensalidade, assinaturas de serviços e outras despesas recorrentes sejam pagas sem a necessidade de autenticação manual a cada transação.
Lígia Lopes, CEO da Teros, empresa especializada em automação inteligente de processos via Mundo Open, destaca que a digitalização financeira está em ritmo acelerado e que as empresas precisam estar preparadas para ampliar seus menus de pagamento desde já.
“Além do Pix Automático, outras soluções já podem ser adotadas, como o Pix Parcelado, que vem substituindo boletos parcelados, e o Débito Automático via Open Finance, que reduz a dependência de um único método de pagamento”, afirma. “Empresas que anteciparem essa adaptação estarão um passo à frente na retenção de clientes e na prevenção de rupturas de vendas”, complementa.
Segundo a CEO, para as empresas, o Pix Automático representa uma oportunidade estratégica. No varejo, por exemplo, a nova solução pode minimizar a inadimplência e agilizar processos, oferecendo maior previsibilidade de fluxo de caixa. No setor de fintechs e bancos digitais, o recurso amplia a gama de serviços oferecidos, aumentando a competitividade das instituições que o adotarem.
Já para serviços de streaming, isso pode ser um grande diferencial, como em academias, escolas, planos de saúde e diversos outros segmentos que dependem de pagamentos periódicos. A facilidade na adesão e na operação da nova modalidade pode estimular ainda mais a digitalização dos pagamentos no Brasil.
Junto a isso, Lopes conta que o Pix Automático reforça a consolidação do Open Finance no país, garantindo um ecossistema financeiro mais conectado e acessível. Para que a solução alcance todo seu potencial, será necessário que instituições financeiras adaptem suas infraestruturas e invistam na segurança das transações.
“Acompanhamos de perto as movimentações do Banco Central em relação ao Pix Automático e sabemos que a adaptação do ecossistema é essencial para o sucesso da iniciativa.Com o avanço da integração entre instituições, a solução tende a se tornar um grande facilitador para pagamentos no dia a dia das empresas e consumidores”, reforça a especialista.
Nos próximos meses, o mercado acompanhará as definições do Banco Central em relação ao cronograma de implementação do Pix Automático. Com expectativas altas e um cenário favorável à inovação nos meios de pagamento, a nova solução pode marcar mais um passo na transformação digital do setor financeiro brasileiro.
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CAROLINA PALHARES
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