O Banco Central revisou suas projeções para o mercado de crédito em 2025, indicando uma desaceleração no ritmo de crescimento. Os números mostram que a expectativa para o crédito total caiu de 9,6% para 7,7%. Para pessoas físicas, a projeção passou de 10% para 8%, enquanto para empresas a redução foi de 9% para 7,2%.
Essas revisões refletem um cenário econômico mais desafiador, com juros elevados (Selic em 14,25%), menor crescimento da atividade econômica e um mercado de trabalho menos aquecido. “Estamos diante de um momento que exige mais eficiência na análise de risco e na gestão do crédito”, afirma Elias Sfeir, presidente da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC).
Apesar do cenário mais restritivo, os birôs de crédito desempenham um papel fundamental para manter o fluxo de crédito na economia. Com informações precisas e atualizadas, essas instituições ajudam a reduzir a assimetria de informação no mercado, permitindo que bancos e financeiras tomem decisões mais assertivas. “A qualidade da informação é essencial para equilibrar o sistema, evitando tanto a restrição excessiva quanto a concessão irresponsável de crédito”, explica o executivo.
O uso de tecnologias como big data, inteligência artificial e novas metodologias de scoring tem permitido ao setor oferecer análises mais refinadas e personalizadas. Essa evolução tecnológica é particularmente importante no contexto atual, pois ajuda a identificar com maior precisão os bons pagadores, mesmo em um ambiente econômico mais desfavorável.
“O que estamos observando é uma maturidade crescente do mercado de crédito brasileiro. Os birôs hoje são capazes de oferecer informações muito mais completas e em tempo real, o que permite decisões mais ágeis e seguras”, destaca o presidente da ANBC. Essa capacidade de análise refinada tem sido fundamental para manter a estabilidade do sistema financeiro, mesmo em períodos de maior volatilidade econômica.
Para 2025, a expectativa é que o segmento siga investindo em inovação, com especial atenção para a integração com novas bases de dados relevantes para a análise de crédito. Esses avanços devem contribuir para um mercado de crédito mais dinâmico e inclusivo, capaz de atender às necessidades tanto dos consumidores quanto das empresas, mesmo em um cenário de crescimento econômico moderado.
“O crédito é um dos motores da economia, e nosso papel é garantir que esse motor continue funcionando de forma segura e eficiente, mesmo em condições mais desafiadoras”, conclui Sfeir.
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MARCELO AURELIO PAES BARRETO MONTARROYOS
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