Num cenário onde falar em ressocialização ainda é visto com desconfiança, o Programa Segunda Chance mostra que é possível transformar realidades a partir de vínculos simples, porém poderosos: o afeto e a responsabilidade.
A proposta é colocar cães resgatados nas mãos de reeducandos. Mas, mais que isso, é gerar um espaço de cuidado, empatia e aprendizado mútuo. Os internos aprendem a adestrar e cuidar dos animais com base em técnicas modernas e métodos terapêuticos integrados. Ao final, os cães — reabilitados do abandono — encontram novos lares ou passam a servir como apoio emocional e funcional a pessoas com deficiência.
“Estamos falando de pessoas que muitas vezes nunca tiveram a chance de cuidar de ninguém. Com o cão, essa experiência se dá pela primeira vez — e com resultados emocionantes”, relata Glauco Lima, que criou o projeto após acompanhar experiências internacionais, mas decidiu inovar com abordagens mais humanizadas.
O uso de PNL e Constelações Familiares durante a formação cria um ambiente de acolhimento psicológico. Ao longo das semanas, o que se vê é uma transformação visível no comportamento dos detentos: menos agressividade, mais senso de responsabilidade e até melhor convivência no ambiente prisional.
“Já tivemos relatos de redução nos índices de violência dentro do presídio durante o curso. Isso mostra o poder terapêutico real dessa convivência com os animais”, afirma Gerson Santos.
O programa tem potencial de romper o ciclo de exclusão e dar um novo sentido às vidas envolvidas. Com apoio político, poderá ser escalado nacionalmente, beneficiando não apenas o sistema penitenciário, mas também políticas de inclusão, saúde mental e proteção animal.
Glauco Lima conclui:“Não se trata de um projeto assistencialista, e sim de uma política pública transformadora. Reabilitar pessoas, salvar animais e dar assistência a quem precisa — esse é o legado que queremos construir”.
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EDUARDO GIOELI MICHELETTO JOEL
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