Enquanto nos bancos tradicionais os lucros vão para os acionistas, no cooperativismo de crédito o dinheiro volta para quem realmente faz parte do negócio: os associados. Prova disso é que o Sicredi em Alagoas vai distribuir R$ 41,55 milhões a quem possui conta corrente ativa na cooperativa. O valor representa um aumento de 8,2% em relação ao ano de 2022.
O montante a ser recebido por cada um dos 57,6 mil associados Sicredi em Alagoas é proporcional à sua movimentação financeira ao longo do último ano. Com mais de 300 produtos e serviços financeiros, as cooperativas de crédito operam para gerar benefícios aos seus associados, mas como isso funciona na prática?
Ao se tornar associada de uma cooperativa de crédito, a pessoa participa dos resultados financeiros gerados por suas movimentações. O valor distribuído é proporcional à sua atuação nas operações, e o superávit – resultado da diferença entre receitas e despesas – é redistribuído entre os associados, conforme deliberação em assembleia.
“Isso se aplica tanto aos associados pessoas físicas ou jurídicas. Essa distribuição permite que realizem ou contribuam para projetos de vida e empresariais, impulsionando a economia local”, explica Robinson Rodrigues Kokeny, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi Nordeste.
Essas chamadas ‘sobras líquidas’ são revertidas diretamente através de depósito em conta corrente. Esse princípio faz parte da filosofia de uma cooperativa de crédito e reforça o compromisso de construir um sistema financeiro mais justo e colaborativo. Outra diferença para os bancos tradicionais está na destinação dos resultados para ações educacionais e de desenvolvimento.
Valor social e educacional
Antes da distribuição aos associados, a legislação determina que uma parte dos resultados seja direcionada a fundos obrigatórios, como o Fundo de Reserva, que assegura a solidez da cooperativa, e o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (Fates), voltado para ações de desenvolvimento e apoio aos associados.
Após essas destinações, o restante pode ser redistribuído entre os associados, conforme decisão da Assembleia Geral em que todos participam, podendo influenciar nos rumos de sua cooperativa, reforçando o compromisso da instituição financeira com o desenvolvimento regional.
“O cooperativismo é a junção de esforços em prol de um objetivo comum: desenvolver pessoas e empresas economicamente e socialmente. Enquanto bancos tradicionais buscam gerar resultados para seus acionistas, as cooperativas olham para os associados e para as comunidades onde estão inseridas”, completa Kokeny.
Esse modelo de participação ativa é um dos diferenciais do Sicredi. Com mais de 120 anos, o Sicredi é a primeira instituição financeira cooperativa do Brasil. A instituição com R$ 386 bilhões em ativos está presente em todo o país com mais de 2,8 mil agências e 8,5 milhões de associados, promovendo um sistema financeiro mais justo, colaborativo e sustentável.
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JOEL CAVALCANTI DE MIRANDA NETO
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