O que é alergia crônica?
Alergia é uma reação aumentada do sistema imunológico a substâncias que geralmente são inofensivas ao organismo e ocorre em indivíduos geneticamente predispostos. Podemos chamá-la de crônica quando dura muito tempo, tendendo a surgir e a desaparecer inúmeras vezes no decorrer de meses a anos.
Conforme explica a alergista pediátrica Vera Esteves Rullo, vice-presidente do Departamento de Alergia e Imunologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), a alergia pode ser respiratória, como na rinite alérgica (coceira, entupimento nasal e espirros) e na asma (chiado, tosse e cansaço). “Também pode acontecer na pele, como na dermatite atópica (vermelhidão, coceira, caroços e descamação) e na urticária (vermelhidão, coceira e vergões)”, cita a médica, ressaltando que uma criança que convive com esse tipo de sintomas prolongados tem a sua qualidade de vida prejudicada.
Na dermatite atópica, segundo a especialista, há coceira especialmente à noite, prejudicando o sono e podendo ter consequências importantes no rendimento escolar, bem como na autoestima da criança. “A asma, quando não tratada, pode levar a criança ao risco de vida. Basta o paciente contrair uma gripe para ter cansaço e falta de ar importantes, que indicam internação até em UTI”, alerta Vera, esclarecendo que a rinite, quando crônica, além do entupimento nasal, apresenta obstrução das vias aéreas, com aumento e inflamação das amigdalas, respiração oral, prejuízo da mastigação, deglutição, fala, além de sono agitado.
“Portanto, os pais devem ficar atentos aos sintomas apresentados pelos seus filhos e buscar o auxílio de um alergista pediátrico o quanto antes. Alergia tem prevenção e tratamento. O tratamento que a criança poderá receber depois da avaliação detalhada do médico inclui desde a prevenção, na tentativa de evitar os agentes responsáveis pelas crises na rotina da criança, até a terapia farmacológica”, explica a alergista. Ela informa que os medicamentos mais utilizados são os tópicos, incluindo a forma inalatória nas alergias respiratórias. “Mas dependendo do tipo de alergia, do estágio e da gravidade da doença podem ser utilizadas terapias orais e até injetáveis (biológicos)”, conclui.
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LUCIANA RODRIGUEZ CRISTALINO
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