O Carnaval é um período do ano de muitas festas e comemorações, e, com a data, surgem inúmeros amores passageiros. Mas, afinal, será que um amor de folia dura só até a Quarta-feira de cinzas ou pode se transformar em algo mais sério? Para o psicólogo Leandro Cunha, especialista em inteligência emocional, é preciso entender os aspectos emocionais envolvidos.
“Antes de se envolver com um desconhecido durante o Carnaval, é importante analisar alguns pontos essenciais. A segurança deve ser prioridade, evitando locais isolados e sempre avisando amigos sobre seu paradeiro. Além disso, a proteção, como o uso de preservativos, é fundamental para prevenir ISTs e gravidez indesejada. O consentimento é outro fator indispensável: qualquer envolvimento deve ser consensual, sem pressões ou influência de álcool ou drogas. Ter clareza sobre suas intenções ajuda a evitar frustrações, assim como estar atento a sinais de alerta, como insistência excessiva, agressividade ou desrespeito”, orienta Leandro.
Segundo ele, a diferença entre um amor passageiro e um relacionamento duradouro pode estar na maneira como as pessoas lidam com as emoções e nas intenções de ambos. “Relacionamentos casuais e passageiros, comuns nessa época, têm vantagens e desvantagens. Entre as vantagens, há a liberdade para conhecer pessoas sem compromissos, a possibilidade de explorar a própria sexualidade e desejos e a vivência de novas experiências sem a pressão de um relacionamento sério. No entanto, há também desvantagens, como o risco emocional se uma das partes criar expectativas diferentes, a exposição a infecções sexualmente transmissíveis (caso não haja proteção) e possíveis desentendimentos se não houver clareza na comunicação”, explica o psicólogo.
Leandro Cunha destaca que, embora os romances de Carnaval sejam frequentemente vistos como algo breve, a chave para que eles evoluam está na comunicação e no alinhamento de expectativas. “Não há um único perfil de pessoas que procuram relacionamentos casuais, mas estudos indicam que indivíduos com maior abertura à experiência, menor apego emocional e mais independência tendem a buscar esse tipo de interação. Além disso, fatores socioculturais e emocionais, como o desejo por novidade ou o medo de rejeição, podem influenciar essa escolha”, pontua Cunha.
E para quem deseja que um envolvimento casual se torne algo mais sério? “Sim, isso é possível, mas depende de alguns fatores. Se houver conexão emocional, interesses em comum e compatibilidade, a relação pode evoluir. A comunicação aberta é essencial: ambos devem estar dispostos a transformar o relacionamento casual em algo mais sólido. O tempo e a convivência também fazem diferença: se o contato continuar após o período inicial e houver interesse mútuo, a relação pode crescer. O mais importante é que as expectativas estejam alinhadas e que ambos queiram investir no relacionamento”, conclui o especialista.
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YNARA SANDRA FERREIRA MATTOS
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