Com a chegada do outono, as mudanças bruscas de temperatura e o clima mais seco aumentam a concentração de poluentes no ar, tornando a população mais suscetível a doenças respiratórias. Entre elas, a bronquiolite se destaca por afetar principalmente bebês com menos de dois anos, que ainda possuem um sistema imunológico imaturo.
O médico pneumologista Valter Eduardo Kusnir, da Santa Casa de Mauá, alerta para a necessidade de redobrar os cuidados com os pequenos, já que as baixas temperaturas favorecem a proliferação de vírus, especialmente do vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da enfermidade.
De acordo com dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, o VSR é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e por até 60% das pneumonias em crianças menores de dois anos. Em fevereiro, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão da vacina contra o VSR no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando a prevenção da doença.
A bronquiolite é caracterizada pela inflamação e acúmulo de secreção nos bronquíolos, pequenas estruturas pulmonares que, quando bloqueadas, dificultam a saída de ar e provocam chiado no peito. “Quanto menor for a criança, mais estreitos são os bronquíolos, e qualquer inchaço pode causar uma obstrução severa”, explica Kusnir.
Além do VSR, outros vírus, como adenovírus, rinovírus, influenza e metapneumovírus, também podem desencadear a doença. Os sintomas são semelhantes aos da asma ou bronquite e incluem coriza, tosse, espirros, febre, respiração rápida e superficial, chiado no peito e esforço respiratório. O diagnóstico é feito com base na avaliação clínica, exames físicos e testes de detecção viral.
Por ser de causa viral, não há tratamento específico para a bronquiolite. As abordagens são voltadas para o alívio dos sintomas e incluem o uso de antitérmicos, lavagem nasal com soro fisiológico, inalação e manutenção de boa higiene. Broncodilatadores só são indicados em casos graves ou de piora do quadro. Em situações mais sérias, pode ser necessária a internação, especialmente para bebês prematuros ou com doenças cardíacas ou pulmonares congênitas.
A prevenção segue as mesmas recomendações de outras doenças virais: evitar aglomerações, lavar as mãos com frequência ou utilizar álcool em gel, evitar contato com pessoas gripadas ou resfriadas e não visitar bebês caso esteja doente. Medidas como cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e manter a carteira de vacinação atualizada também são fundamentais para proteger os pequenos.
O Hospital Santa Casa de Mauá está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1374 – Vila Assis – Mauá – fone (11) 2198-8300. https://santacasamaua.org.br/ .
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
MARLI PUERTAS POPOLIN ROSSI
mprossi@mprossi.com.br