O Carnaval de rua de São Paulo promete ser ainda maior em 2025, com a chegada de 188 novos blocos, elevando o total para 767 blocos e 860 desfiles. A festa tomará conta da cidade, desde a região Central até a Zona Leste, passando por bairros como Centro, Lapa, Pinheiros, Vila Madalena, Vila Mariana e Itaim – áreas com alta concentração de bares e restaurantes.
Segundo uma pesquisa realizada pela Abrasel-SP ( Associação de Bares e Restaurantes de São Paulo ), os estabelecimentos localizados em regiões com pouca movimentação de blocos e sem interdição de ruas podem registrar um aumento de até 25% no faturamento , especialmente no período do jantar.
Programação especial impulsiona bares e restaurantes
Alguns bares já se preparam para atrair foliões que buscam experiências diferenciadas. O Drosophyla Bar (@drosophylabar) por exemplo, realiza anualmente seu tradicional Baile Vintage de Carnaval (28/2 e 1/3), com marchinhas que marcaram época, atraindo um público que prefere curtir a folia com mais conforto.
Para quem deseja uma experiência com samba de raiz, o Bar Brahma (@barbrahma) famoso por seu camarote, se destaca como ponto de encontro de turistas e frequentadores assíduos, com uma programação especial voltada ao samba durante todo o período de Carnaval.
Já para os foliões que querem curtir os blocos sem abrir mão de uma boa refeição, o restaurante baiano Rota do Acarajé (@rotadoacaraje) promove seu próprio bloco, o Buda – Unidos do Acarajé (@rotadoacaraje), que sai diretamente do restaurante no dia 22/2, oferecendo uma experiência única que une gastronomia e festa.
O contraponto: impacto negativo para bares e restaurantes no trajeto dos blocos
Por outro lado, bares e restaurantes localizados dentro do circuito dos blocos podem enfrentar queda no faturamento de até 50% (em comparação a um fim de semana comum).
Obstáculos para o funcionamento dos bares e restaurantes:
• Dificuldade de mobilidade, pois os bloqueios e a grande quantidade de pessoas impedem clientes habituais de acessarem os estabelecimentos.
• Concorrência desleal de ambulantes, que vendem bebidas e alimentos nas ruas sem fiscalização adequada.
• Uso dos banheiros dos bares pelos foliões, gerando altos custos com manutenção e limpeza.
• Êxodo de paulistanos, que deixam a cidade rumo ao litoral ou interior, reduzindo o público consumidor.
A necessidade de um planejamento para minimizar prejuízos
Diante desse cenário, a Abrasel-SP reforça a importância do Carnaval para o turismo e a economia da cidade, mas alerta sobre os desafios enfrentados pelo setor.
” O Carnaval impulsiona o turismo e movimenta a economia, e a Abrasel-SP reconhece sua importância para a cidade. No entanto, o setor de bares e restaurantes enfrenta desafios, como a dificuldade de acesso dos clientes e a concorrência desleal de ambulantes sem fiscalização. Nossa gastronomia é um atrativo para turistas, mas muitos acabam não conseguindo aproveitar essa experiência. Acreditamos que, com um planejamento adequado e um diálogo eficiente entre o poder público e o setor, o Carnaval pode gerar benefícios justos e sustentáveis para todos” , explica Luiz Hirata, presidente da Abrasel-SP.
Interdições comprometem o funcionamento dos bares e restaurantes
Durante o período do Carnaval, que inclui pré-folia (22 e 23/2), folia oficial (1 a 4/3) e pós-folia (8 e 9/3), as ruas das regiões de grande concentração de blocos estarão interditadas até às 18h, podendo se estender até às 20h, devido à desmontagem de estruturas e limpeza urbana.
Esse cenário impacta diretamente o fluxo e o faturamento dos bares e restaurantes localizados nesses trajetos. Por conta disso, muitos estabelecimentos, especialmente na Zona Oeste e Zona Sul, optam por fechar as portas , considerando inviável manter o funcionamento durante o Carnaval.
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