Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, não é apenas a pele que necessita de cuidados extras. Os olhos também exigem atenção especial devido a maior incidência de conjuntivite no período.
Segundo o oftalmologista Fernando Naves, do hospital Santa Casa de Mauá, a conjuntivite viral ou de verão, causada pelo adenovírus é a mais comum. “O aumento de casos no verão ocorre em razão do calor, que favorece a proliferação de bactérias e vírus. Além disso, a aglomeração e o contato direto entre as pessoas por ser maior facilita a propagação de vírus e bactérias, bem como os banhos de mar e piscina e a exposição ao ar-condicionado”, explica.
Esse tipo de conjuntivite é altamente contagioso e pode acometer os dois olhos. O contágio ocorre pelo contato direto com pessoas ou itens contaminados e entre os sintomas estão olhos vermelhos e lacrimejantes, pálpebras inchadas e grudadas ao acordar, sensação de ter algo nos olhos, fotofobia, secreção e coceira.
Neste período de verão também é comum a conjuntivite alérgica, causada por pólen, pelos de animais, poeira, ácaro, perfumes, sendo mais corriqueira em pacientes com rinite ou bronquite. Esse tipo não é transmissível e os sintomas são os mesmos da viral, porém a coceira é mais intensa e a secreção é clara.
Outro tipo que pode ocorrer é a conjuntivite bacteriana, menos frequente e com transmissão mais difícil, porém com sintomas e consequências mais agressivos. A contaminação acontece a partir do contato direto com a bactéria.
O diagnóstico é clínico e pode ser complementado com alguns exames. A conjuntivite pode persistir por até 15 dias e, ao notar os primeiros sintomas e qualquer tipo de desconforto nos olhos, o ideal é consultar um oftalmologista, pois cada tipo da doença deve ser tratado de maneira diferente, apesar dos sintomas serem semelhantes.
“O tratamento inadequado é muito perigoso, da mesma forma que utilizar colírios sem recomendação médica, já que alguns podem causar catarata e glaucoma. O uso de todo medicamento deve ser monitorado pelo médico. Vale destacar ainda que uma conjuntivite não tratada pode trazer danos à visão e comprometer a córnea”, orienta o especialista Fernando Naves.
Para evitar todos os tipos de conjuntivite e a propagação da doença é preciso estar atento a algumas recomendações como: não coçar os olhos e lavar as mãos várias vezes ao dia ou sempre que colocar a mão no rosto. Se estiver contaminado, não frequentar piscinas ou praias, não compartilhar maquiagem, suspender o uso de lentes de contato e utilizar óculos de sol.
O Hospital Santa Casa de Mauá está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1374 – Vila Assis – Mauá – fone (11) 2198-8300. https://santacasamaua.org.br/ .
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MARLI PUERTAS POPOLIN ROSSI
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