*Por Emerson Lima
Em 2025, celebramos o centenário da teoria quântica, um marco histórico para a ciência e a tecnologia. Inicialmente proposta por mentes como Max Planck e Albert Einstein, a teoria revolucionou nossa compreensão sobre o universo microscópico, permitindo avanços que transformaram a sociedade. Agora, a computação quântica surge como o próximo grande passo dessa evolução tecnológica.
Recentemente, pesquisadores da Universidade Northwestern (Illinois – EUA), alcançaram um feito extraordinário: o primeiro teletransporte quântico utilizando fibra óptica. Este avanço representa um salto significativo no compartilhamento de informações entre usuários de redes distantes, sem a necessidade de transmissão direta. Baseado no conceito de emaranhamento quântico, duas partículas podem estar interligadas, mesmo separadas por grandes distâncias. Isso significa que as informações podem ser trocadas sem que as partículas viajem fisicamente, um feito que até há pouco tempo residia no âmbito da ficção científica.
De acordo com o estudo, o uso da fibra óptica não só demonstrou a viabilidade do teletransporte quântico em redes existentes, mas também abriu caminho para aplicações reais no futuro. Entre elas, destacam-se sistemas de comunicação absolutamente seguros, utilizando criptografia quântica, e redes de computação distribuídas que superam os limites atuais da tecnologia.
A adoção da computação quântica no setor empresarial também apresenta desafios significativos. O poder computacional necessário para operar esses sistemas exige milhões de bits operacionais, e ainda não há hardware capaz de suportar essa demanda. O desenvolvimento de processadores escaláveis que comportem esse volume de informação é uma das principais barreiras tecnológicas a serem superadas. Além disso, esses supercomputadores requerem temperaturas extremamente baixas, próximas ao zero absoluto, para operar com estabilidade, o que limita sua viabilidade comercial no curto prazo. Ainda assim, empresas pioneiras já estão investindo nesse cenário, buscando soluções que viabilizem o uso prático da tecnologia.
O uso no mercado ainda permanecerá restrito devido aos custos elevados e às limitações tecnológicas. Acredito que no futuro, seja possível que apenas algumas companhias, especialmente as big techs, tenham acesso direto a essa tecnologia. Um modelo provável é a oferta de soluções quânticas no formato “as a service”, permitindo que outras empresas utilizem esses recursos sob demanda, sem precisar investir diretamente em infraestrutura própria.
Outro grande desafio está na eficiência energética. A manutenção desses sistemas exige infraestrutura altamente especializada, incluindo mecanismos avançados de resfriamento que consomem grandes quantidades de água. Esse alto consumo hídrico levanta preocupações ambientais e pode representar um entrave à adoção em larga escala. Para mitigar esse impacto, alternativas como data centers submersos no oceano ou instalados em regiões naturalmente frias vêm sendo estudadas, pois permitem um resfriamento mais eficiente e sustentável. A busca por soluções que conciliem o avanço tecnológico com a preservação ambiental será essencial para tornar a computação quântica viável no longo prazo.
Os próximos anos serão cruciais para consolidar a computação quântica como uma ferramenta acessível e impactante no mundo corporativo. Empresas que se preparam desde agora terão vantagem competitiva quando a tecnologia atingir maturidade comercial. A evolução desse setor deve ser acompanhada de perto por especialistas e decisores, pois seu impacto promete redefinir os paradigmas da tecnologia e dos negócios.
*Emerson Lima é Business Sales Manager da Adistec Brasil, distribuidora de TI especializada em soluções de infraestrutura para Data Centers e Segurança da Informação.
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