A conquista do investidor é o foco de todas as startups, afinal, são eles que ajudam no crescimento das novas empresas, tanto com investimento em dinheiro, smart money, e toda transferência de conhecimento ou ajuda no acesso ao mercado.
Normalmente, ao abrir um negócio, o(s) fundador(es) precisará captar dinheiro externo para dar escala neste negócio, e chegar no tão sonhado late stage.
Mas, o atual momento do mercado de investimentos não está tão fácil, dinheiro existe, mas os investidores estão cautelosos. Os fundadores precisam entender como efetivamente demonstrar que seus negócios valem a pena e que irão trazer retorno aos investidores que apostaram neles.
Os investimentos de capital de risco tiveram uma queda acentuada no primeiro trimestre de 2023, tanto no Brasil quanto no mundo. A nível global, os investimentos em venture capital atingiram US$ 76 bilhões, uma queda de 53% em relação ao primeiro trimestre de 2022. No primeiro trimestre de 2023, houve uma queda de 86% no volume total de investimentos em startups brasileiras em comparação com o mesmo período do ano passado. Essas informações foram divulgadas no Inside Venture Capital Report da Distrito, relatório que monitora a atuação de fundos de investimento em empresas de tecnologia no Brasil.
O investimento em startup é de alto risco, pois ué um negócio em construção, que precisa de validação e escala, e se a startup não prosperar, a pessoa perde todo seu dinheiro. O cenário é de incerteza, mas o potencial de retorno é diretamente proporcional ao risco.
É necessário entender também que o retorno é de médio a longo prazo, por estarem em processo de construção do seu negócio e ainda não terem capacidade de gerar lucros para distribuir dividendos. A aposta é no crescimento do negócio para ter ganhos no futuro, com a venda da participação adquirida com uma boa valorização.
A melhor forma de se investir um pool, com outras pessoas, ou fundos que tenham relevância no mercado, pois, além de diminuir o risco do investimento, também há o aprendizado do mercado. Também, investimento em um pool, há a diversificação do investimento em mais de uma startup, aumentando as chances de retorno financeiro.
O investimento em startups early stage exige um dispêndio menor de capital por parte do investidor, e as possibilidades de retorno financeiro são maiores.
Como atrair bons investidores?
Um erro grave que muitos founders cometem é esperar o dinheiro chegar ao fim para buscar investidores. Uma rodada de investimentos leva, em média, seismeses para ser concluída.
Uma startup precisa traçar seu caminho do exit. Desta forma, ele consegue entender quem são seus possíveis investidores e compradores, para não ter comprometimento do captable.
E, com este tipo de análise, desde o início pode se relacionar com os possíveis investidores, ir atualizando a cada trimestre como está sua jornada, suas conquistas e desafios. Desta forma, no momento da abertura da rodada, ele já conhece os investidores que possuem interesse, e deixam claro a governança exigida para a rodada.
Falando em governança, este é um ponto importante e estratégico para atrair bons investidores. Os temas e conversas difíceis não podem ficar para depois, todas as cartas devem estar na mesa, e desde o início, a startup deve ter o mínimo de governança financeira, contábil e jurídica.
Dinheiro por dinheiro nem sempre é a solução. O ideal é fazer as contas corretas sobre o cash burn e o runway, e demonstrar ao investidor onde o dinheiro será alocado. Demonstre qual o retorno que será trazido com a alocação do recurso. A preocupação atual dos investidores é a sobrevivência do ativo em que o capital é aportado.
É notório que a empolgação do mercado pós pandemia acalmou, que 2021 foi fora da curva, e que os empreendedores precisam se adequar ao atual momento. Eles precisam entender como esticar o dinheiro, como fazer durar mais tempo, ou seja, reduzir os gastos, ter eficiência e demonstrar crescimento.
O momento é de crescer com rentabilidade, alcançar o breakeven e demonstrar rentabilidade ao investidor. O investidor precisa confirmar que capital buscado é para crescer de forma sustentável, mesmo que seja mais demorado.
*Ana Debiazi, é CEO da Leonora Ventures, uma corporate venture builder catarinense que tem a missão de impulsionar o crescimento de startups que atuam com tecnologias inovadoras no setor de varejo, logística e educação.
Sobre a Leonora Ventures
A Leonora Ventures é uma corporate venture builder catarinense que tem a missão de impulsionar o crescimento de startups que atuam com tecnologias inovadoras no setor de varejo, logística e educação. Nascida das iniciativas do Grupo Leonora, empresa que está presente há 37 anos no mercado, sendo a segunda maior distribuidora de produtos de papelaria do Brasil e presente em mais de 11 mil estabelecimentos, e do Grupo FCJ, maior venture builder da América Latina, a Leonora Ventures é mão na massa e eleva o potencial escalável das startups em que atua. Para mais informações, acesse: https://leonoraventures.com.br/ ou @leonoraventures.
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