Em alusão ao Dia Mundial da Higienização das Mãos, celebrado em 5 de maio, a enfermeira Maria Clara Segato Monteiro, do Hospital Evangélico de Sorocaba, esclarece dúvidas comuns sobre a prática, que continua sendo uma das medidas mais eficazes para a prevenção de infecções e a promoção da saúde pública.
Segundo a especialista, o uso de álcool em gel é eficaz na ausência de sujeira aparente, sendo uma alternativa prática e mais rápida em comparação ao uso de água e sabão. No entanto, ela reforça que a higienização com água e sabão permanece insubstituível em situações de sujidade visível.
“Lavar as mãos apenas com água não é suficiente para garantir a remoção adequada de microrganismos”, afirma a enfermeira. O sabão é essencial, pois ajuda a remover a sujidade visível e a oleosidade da pele, além de ter papel importante na interrupção da transmissão de microrganismos que podem causar doenças.
Sobre o uso de sabão antibacteriano, Maria Clara aponta que não há necessidade de priorizá-lo no cotidiano, uma vez que o sabão comum, quando utilizado corretamente, também elimina os germes de forma eficaz. Além disso, o uso constante de produtos antibacterianos pode contribuir para o desenvolvimento de resistência às bactérias.
Ela ainda destaca que a frequência ideal para lavar as mãos deve seguir a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que preconiza a higienização sempre que necessário. Os momentos mais críticos incluem antes de refeições, após usar o banheiro, após tossir ou espirrar e após tocar superfícies em locais públicos.
Mesmo mãos aparentemente limpas podem transmitir doenças, já que vírus e bactérias não são visíveis a olho nu. Outro ponto importante abordado é o uso de toalhas de tecido: se reutilizadas ou mantidas úmidas, elas podem favorecer a proliferação de bactérias. A recomendação é optar por toalhas de papel descartáveis ou tecidos de uso individual, com trocas frequentes.
Maria Clara também alerta que o uso de luvas não substitui a higienização das mãos. “As mãos devem ser higienizadas antes e depois do uso das luvas, pois estas podem se romper durante o uso ou até contaminar as mãos no momento de serem retiradas”, explica.
Entre os erros mais comuns na lavagem das mãos, estão esquecer áreas como os polegares e as pontas dos dedos, esfregar por pouco tempo, não secar bem e tocar em superfícies sujas logo depois da limpeza.
A orientação da especialista reforça a importância da conscientização e da prática correta da higienização das mãos, especialmente em ambientes de saúde e em locais com grande circulação de pessoas.
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Juliana Moreno Rosa Martins
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