A lógica é simples: amor-próprio e autocuidado geram bem-estar, que constrói autoconfiança, trazendo clareza e coragem, aumentando a influência, tornando os relacionamentos mais saudáveis e impactando diretamente na performance e nos resultados. Este texto não é sobre burnout, nem sobre a eterna busca pelo equilíbrio entre vida pessoal e profissional. É, acima de tudo, sobre autocuidado consciente e o poder disso em tantos aspectos das nossas vidas.
Quando maus hábitos viram uma bola de neve
Numa fase particularmente desafiadora da minha carreira, percebi como a saúde mental abalada rapidamente se refletiu em outras áreas: ganho de peso, autoconfiança em declínio e desempenho profissional muito aquém do meu potencial.
As consequências foram claras: baixa performance, dificuldades nas relações interpessoais por falta de inteligência emocional, raciocínio limitado e resultados abaixo das metas.
É como uma bola de neve de maus hábitos — quanto mais nos deixamos levar, mais difícil se torna sair dessa espiral negativa.
Como retomar as rédeas dos nossos hábitos?
Segundo Charles Duhigg, autor do best-seller O Poder do Hábito, somos moldados por hábitos-chave — comportamentos que, quando adotados, desencadeiam mudanças coletivas em várias áreas da vida.
Como isso funciona na prática? Adotar uma rotina de exercício físico, por exemplo, pode naturalmente nos levar a alimentar-nos melhor, ter noites de sono de qualidade e até a organizar o nosso dia de forma mais eficaz e clara. Isso acontece porque esses hábitos aumentam a autoeficácia — a crença de que somos capazes de mudar — o que, por sua vez, geram motivação e disciplina para transformar outros comportamentos.
“São pequenas vitórias que se acumulam.” — Charles Duhigg
O ciclo do hábito
Duhigg apresenta o ciclo do hábito em três partes:
Gatilho – o estímulo que inicia o comportamento
Rotina – o comportamento em si
Recompensa – o que ganhamos com aquilo
Exemplo: Está estressado → come chocolate → sente alívio.
Não há problema em ceder ocasionalmente. O desafio é quando o comportamento se torna diário, inconsciente e descontrolado.
Como começar a mudar?
Aqui vão alguns passos práticos para reprogramar seus hábitos:
Identifique os gatilhos – Quando e por que o hábito ocorre?
Reconheça a recompensa – O que está buscando com aquilo?
Substitua a rotina – Experimente um novo comportamento que traga a mesma sensação positiva.
Algumas abordagens falam em 21 dias para formar um novo hábito. No entanto, a ciência mostra que o tempo pode variar — o importante é a consistência, não a velocidade.
Cuidar da tua saúde não é apenas uma questão de bem-estar pessoal — é também uma estratégia de alta performance. Repare: quando você está bem, pensa melhor, se relaciona melhor, lidera e influencia mais de acordo com seus objetivos. E os resultados — pessoais e profissionais — acompanham. Neste Dia Mundial da Saúde, te convido: vamos começar um novo ciclo?
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Maria Fernanda Salla
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