No Distrito Federal, foram registrados 2.054 casos prováveis de dengue entre 31 de dezembro e 6 de janeiro, representando um aumento de 207% em comparação ao mesmo período de 2023, que teve 669 casos. Os dados são do primeiro boletim epidemiológico de 2024 do DF.
De acordo com o boletim, as maiores incidências ocorrem em Ceilândia com 172,66 casos por 100 mil habitantes, Varjão com 142,5 casos por 100 mil habitantes e Brazlândia com 135,31 por 100 mil. Todas as regiões administrativas do DF registraram casos prováveis de dengue.
Jadir Costa, diretor da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do DF, destaca que o aumento das chuvas nesta época do ano no Distrito Federal exige que a população intensifique os cuidados para prevenir a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Ele recomenda dedicar pelo menos 10 minutos semanais para inspecionar e eliminar potenciais criadouros do mosquito em casa, como bebedouros de animais, tampas de garrafas e latas que possam acumular água.
“Esse trabalho colabora muito com o que é efetuado pelos agentes de vigilância ambiental. Importante reforçar para a população que ao receber o agente de vigilância ambiental que vai estar devidamente caracterizado com seu crachá e o seu colete, que o receba que deixa ele fazer essa inspeção, para que juntos a gente consiga combater a dengue”, considera.
De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, durante as visitas domiciliares os agentes de saúde buscam identificar possíveis focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue, com ênfase nos criadouros mais comuns. Quando focos são encontrados, a situação é comunicada à equipe de Saúde da Família (eSF) e, se necessário, à equipe de Vigilância Ambiental, que podem tomar medidas de controle, incluindo a aplicação de larvicidas e mobilização comunitária.
Ações de enfrentamento
Luciano Moresco Agrizzi, secretário adjunto de Assistência da Secretaria de Saúde do DF, afirma que o Plano de Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses inclui medidas para combater a doença e fornecer informações relevantes à população do Distrito Federal. O plano também foca na capacitação dos profissionais de saúde com estratégias assistenciais e de suporte para mitigar os impactos da dengue no cenário atual.
“Entre as principais medidas, a saúde tem monitorado e agido de forma eficaz e ágil nas ações, utilizando o fumacê, de forma tática, em que a equipe da Vigilância em Saúde avalia os locais, juntamente com as equipes assistenciais”, explica.
O secretário enfatiza a importância da participação ativa da população no combate à dengue, e pede para que as pessoas inspecionem regularmente seus quintais para identificar e eliminar locais que possam servir como criadouros do mosquito, contribuindo assim para reduzir a incidência da doença.
Principais sintomas
- Febre alta (acima de 38 graus);
- Dor no corpo e articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal-estar;
- Falta de apetite;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas pelo corpo.
Para quem apresenta sintomas, é recomendada a busca por atendimento em uma das 176 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF.
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