Distúrbios alimentares, como anorexia, bulimia e compulsão alimentar, são problemas graves que afetam a saúde mental e física de muitas pessoas. De acordo com estudos realizados pela revista científica JAMA Pediatrics, em 2024, 1 em cada 5 jovens de 6 a 18 anos (22,4%) sofre com algum distúrbio alimentar – entre as meninas, esse percentual é de 30%. Embora o estigma em torno desses transtornos tenha diminuído nos últimos anos, a luta para superá-los continua sendo um desafio.
Segundo pesquisadores da JAMA Pediatrics, esses números são preocupantes e precisam de atenção: “Essa alta proporção encontrada é preocupante e exige uma ação urgente para tentar enfrentar essa situação. Em 2019, 14 milhões de pessoas tiveram transtornos alimentares, incluindo quase 3 milhões de crianças e adolescentes. Os comportamentos relacionados aos transtornos alimentares podem levar a maior risco ou dano à saúde, sofrimento significativo ou comprometimento do funcionamento”.
Tipos de distúrbios alimentares
Bulimia nervosa: este transtorno envolve episódios de comer excessivamente, seguidos por comportamentos para evitar o ganho de peso, como vômito forçado, uso de laxantes ou exercícios exagerados. A bulimia pode ser difícil de detectar, já que pessoas com esse transtorno muitas vezes mantêm um peso corporal aparentemente saudável.
Anorexia nervosa: este é caracterizado por uma restrição alimentar externa, medo intenso de ganhar peso e imagem distorcida do corpo. Pessoas com esse transtorno têm uma obsessão pela perda de peso, que pode levar a complicações graves, como desnutrição, enfraquecimento do sistema imunológico e até falência de órgãos.
Compulsão alimentar: ao contrário da anorexia e da bulimia, a compulsão alimentar envolve comer grandes quantidades de alimentos em um curto período, sem comportamentos compensatórios subsequentes. Pessoas com este transtorno frequentemente sentem-se envergonhadas ou culpadas após os episódios de compulsão.
Como identificar os sintomas
Pesquisadores das universidades de Calgary e Ottawa, em artigo publicado no portal The Conversation, apontam alguns sinais que podem indicar que alguém está passando por algum transtorno.
“Os transtornos alimentares não são discriminatórios. Eles podem ocorrer em pessoas de qualquer raça, etnia, idade, classe socioeconômica ou gênero. Alguns sinais comportamentais, como restrição de alimentos, ir ao banheiro imediatamente após comer e sinais físicos como tontura ou desmaio, podem ser indícios de um distúrbio.”
A identificação precoce de um distúrbio alimentar influencia diretamente na recuperação. E mesmo com os sinais variando, alguns dos mais comuns incluem:
Mudanças no comportamento alimentar: dietas restritivas extremas, obsessão por calorias e controle excessivo sobre os alimentos consumidos.
Isolamento social: evitar situações em que a comida seja o centro das atenções ou onde refeições são compartilhadas.
Alterações de humor: mudanças abruptas no humor, irritabilidade e sintomas de depressão também podem estar presentes em pessoas com distúrbios alimentares.
Como buscar ajuda e superar os sintomas
A recuperação exige um esforço conjunto entre o indivíduo, a família e os profissionais de saúde. O tratamento de distúrbios como a anorexia, se identificados precocemente, aumenta as chances de uma recuperação bem-sucedida.
A busca por ajuda profissional é o primeiro passo para realizar tratamentos adequados e ter uma boa recuperação. Psicólogos e psiquiatras ajudam a tratar a causa emocional subjacente do transtorno, enquanto nutricionistas ajudam a restabelecer uma alimentação saudável.
A recuperação pode ser um processo longo e desafiador, e contar com o apoio de familiares e amigos é importante para fornecer encorajamento e compreensão. O ambiente ao redor do indivíduo tem um impacto significativo na recuperação.
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ANDRE LUCIO ELOI DE SOUZA FILHO
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