A conta de luz para os brasileiros ficou mais alta neste mês de outubro. O governo informou na sexta (30/09) a transição da bandeira vermelha de patamar 1 para patamar 2. A mudança começou a valer a partir do dia primeiro de outubro. De acordo com João Sanches, CEO da Trinity Energias Renováveis, empresa geradora de energia renovável, gestora e comercializadora de energia no mercado livre, o setor esperava uma mudança devido o período úmido que está previsto para os próximos meses até abril de 2025, mas o ONS está agindo de forma preventiva. Entretanto, o executivo ressalta a importância de reduzir o consumo de energia nos horários de pico que ocorrem entre 18h e 21 horas. “É preciso oferecer alternativas mais eficientes para suprir a alta demanda quando as fontes renováveis (eólica e solar) iniciam uma queda de produção de energia”, analisa Sanches.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) havia divulgado a alteração de bandeira verde para vermelha para patamar 1, no entanto, após 30 dias, revogou a decisão. O consumidor estava pagando R$44,63 por MWh utilizado e agora subirá para R$78,77 a cada 100 quilowatts-hora (kWh). O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) avaliou alguns fatores que motivaram essa alteração, como, por exemplo, as previsões de baixa afluência para os reservatórios das hidrelétricas do mercado de energia elétrica no decorrer do mês de outubro, o que motivou a elevação do preço e consecutivamente, afetou o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD). Conforme o ONS, os reservatórios até o final de outubro devem atingir 39,9% de sua capacidade total.
Para Antônio Terra, CEO da ForGreen, empresa que atua no fornecimento de energia elétrica solar fotovoltaica, a mudança é necessária e busca compreensão e conscientização da sociedade. “A sinalização por bandeiras tarifárias incentiva o uso consciente de energia e evita o alto consumo em horários de pico. Elas informam os consumidores sobre a necessidade de revisar a dependência da energia hidráulica. Atualmente, essa medida visa evitar interrupções no fornecimento e garantir a estabilidade do sistema elétrico” enfatiza o executivo.
“Com as frequentes mudanças no regime de chuvas, a energia solar é muito importante, pois compensa em períodos de seca, apesar de não ser despachável. O cenário ideal é tornar a energia solar despachável por meio do sistema de armazenamento” pondera Antônio Terra, CEO da ForGreen, empresa que atua no fornecimento de energia elétrica solar fotovoltaica.
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ROSARIA CRISTINA BATISTA DA SILVA LINS DE ALBUQUERQUE
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