São Paulo, Outubro de 2024 – O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e complementar até os dois anos é comprovadamente o melhor alimento para os bebês e crianças. A partir de um ano e até os três anos de idade, eles já andam, falam, muitos frequentam as escolinhas e creches. É muita novidade, e claro, muita energia! É por isso que as crianças precisam de mais nutrientes em relação aos adultos.
Segundo o pediatra Matias Epifanio, especialista em gastroenterologia e nutrologia pediátrica, nessa fase a criança tem necessidades nutricionais específicas para continuar se desenvolvendo e crescendo. Elas precisam da adição de nutrientes que supram as necessidades e que nem sempre estão presentes no dia a dia, como DHA, fibras, ferro, vitamina D entre outros.
O médico alerta que é preciso encarar a realidade e que nem toda criança ingere uma variedade de alimentos importantes nos primeiros anos de vida. Segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) de 2019, realizado com 15 mil crianças em 123 cidades do país, há prevalência de deficiência de vitaminas nas crianças brasileiras: 6% apresentam quantidade inapropriada de vitamina A e 14,2% têm escassez de vitamina B12.
“Neste sentido, na impossibilidade do leite materno, as fórmulas de primeira infância não são obrigatórias, mas reconhecidamente, oferecem as exigências nutricionais para um crescimento plenamente saudável. Uma excelente recomendação está no Manual de Alimentação da Associação Brasileira de Nutrologia, que indica as fórmulas como uma estratégia segura para fornecer os benefícios necessários para a criança, principalmente DHA, um ácido graxo poli insaturado muito importante para o desenvolvimento cerebral.”
Atualmente, após a última recomendação da OMS, muitos pais e cuidadores decidiram recorrer ao leite de vaca, na impossibilidade do aleitamento materno. Para o pediatra Matias Epifanio, embora o leite de vaca possa ser ingerido sem risco, não é a melhor solução para os pequenos durante os mil dias de vida porque possui uma considerável diferença do leite materno, apresenta ausência de nutrientes e excesso de gorduras e proteínas que podem levar a doenças futuras, como a obesidade.
“Basta dizer que as fórmulas infantis para a primeira infância são reguladas pela ANVISA e seguem padrões rígidos de quantidades máximas e mínimas de nutrientes e vitaminas de acordo com as necessidades de cada faixa etária. Ou seja, são produzidas a partir de uma longa pesquisa e fiscalizadas a partir de uma análise rigorosa e padronizada”, explica o pediatra especialista em nutrologia e gastroenterologia pediátrica, Matias Epifanio.
O médico acrescenta ainda que há uma grande diferença entre as fórmulas infantis de primeira infância e os compostos lácteos. As fórmulas infantis de primeira infância são destinadas para crianças de até três anos de idade e possuem nutrientes inspirados no leite materno. Já os compostos lácteos podem não conter os nutrientes mais adequados para esta fase tão importante. Por isso, o ideal é sempre estar em dia com as visitas ao pediatra e seguir orientações dos nutricionistas.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE INFORMA: O ALEITAMENTO MATERNO EVITA INFECÇÕES E ALERGIAS E É RECOMENDADO ATÉ OS 2 (DOIS) ANOS DE IDADE OU MAIS.
Consulte sempre o médico e/ou nutricionista.
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