Estar no Guia Michelin representa um dos maiores reconhecimentos que um restaurante pode receber. Poucos estabelecimentos no mundo todo são agraciados com as estrelas da premiação (o ranking vai de uma a três estrelas), que são atribuídas após uma avaliação de inspetores anônimos. Estes profissionais avaliam ingredientes, técnicas, sabores, inovação e o custo-benefício oferecido.
Porém, para oferecer padrões elevados de qualidade e serviço, esses restaurantes cobram um valor bastante alto e que pode equivaler a muitas horas de trabalho para o brasileiro. Assim, a Odds Scanner realizou uma análise dos preços médios praticados pelos restaurantes com duas estrelas do Brasil e a quantidade de horas de trabalho necessárias para viver essas experiências gastronômicas. Considerando o salário mínimo atual em 2025 de R$ 1.518, uma carga horária de 44 horas semanais e a média de 22 dias trabalhados por mês, veja os resultados:
Brasil tem 6 restaurantes com 2 estrelas Michelin
O Brasil é um dos destaques da gastronomia mundial, abrigando 21 restaurantes com estrelas Michelin em 2024. Na última edição, seis restaurantes conquistaram duas estrelas. Mas quanto tempo de trabalho é necessário para experimentar esses menus prestigiados?
Lasai: 18,1 dias de trabalho/144,9 horas (R$ 1.250)
O Lasai, de Rafa Costa e Silva, em Botafogo (RJ), atende apenas 10 clientes por vez, garantindo uma experiência intimista com interação direta com o chef. O nome, que significa “tranquilo” em euskera (língua falada pelos bascos), remete à sua formação no Mugaritz, na Espanha.
O menu degustação sai por R$ 1.250 (sem bebidas e serviço), exigindo cerca de 145 horas de trabalho do brasileiro médio.
Tuju: 15,9 dias de trabalho/127,5 horas (R$ 1.100)
O Tuju, de Ivan Ralston, une alta gastronomia e sustentabilidade, sendo o único duas estrelas no Brasil com a estrela verde Michelin. Em São Paulo, a experiência começa no pátio, passa por uma adega com mais de 2.000 rótulos raros e segue para o salão.
O menu degustação custa R$ 1.100 (sem bebidas e taxa de serviço), exigindo cerca de 127 horas de trabalho do brasileiro médio.
Oteque: 12,2 dias de trabalho/98 horas (a partir de R$ 845)
O Oteque, em Botafogo (RJ), é um dos dez melhores do Brasil. Comandado por Alberto Landgraf, destaca-se pela cozinha aberta e um teto com acústica de cinema.
A sequência de pratos mais barata, atualmente, custa R$ 845, exigindo cerca de 98 horas de trabalho do brasileiro médio.
Evvai: 11,6 dias de trabalho/92,6 horas (R$ 799)
No Jardim Paulistano (SP), o restaurante de Luiz Filipe Souza celebra a culinária brasileira em fusão com raízes italianas em 11 pratos.
A experiência gastronômica custa, em média, R$ 799, exigindo cerca de 93 horas de trabalho do brasileiro médio.
D.O.M.: 11 dias de trabalho/88,1 horas (R$ 760)
O chef Alex Atala, referência na gastronomia brasileira, fundou o D.O.M. em 1999 para valorizar sabores locais.
Para celebrar os 25 anos do D.O.M., o menu custa R$ 760, demandando 88 horas de trabalho.
Oro: 10 dias de trabalho/80 horas — (R$ 690)
O restaurante de Felipe Bronze e Cecilia Aldaz une raízes brasileiras à gastronomia de vanguarda.
Fundado em 2010, oferece dois menus degustação: Criatividade (R$ 790, 80 horas de trabalho) e Afetividade (R$ 690, 80 horas de trabalho).
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ANA CAROLINA PEREIRA SOARES GOMES
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