Levantamento aponta crescimento na venda de medicamentos para diabetes, doenças cardiovasculares e transtornos mentais entre beneficiários de PBM corporativo nos últimos seis anos
Dados da epharma apresentam também as variações de acordo com cada região e economia gerada no período
São Paulo, março de 2025 – Nos últimos seis anos, o consumo de medicamentos para o tratamento de diabetes, doenças cardiovasculares e transtornos mentais entre beneficiários de programa de benefícios em medicamentos (PBM) apresentou aumento em todas as regiões do país. De acordo com levantamento da epharma, empresa pioneira em PBM no Brasil, o volume de vendas de medicamentos para tratamento dessas doenças cresceu de maneira significativa, refletindo o avanço do número de casos.
De 2019 para 2024, a venda de remédios para diabetes saltou mais de seis vezes. O aumento do volume vendido também foi registrado para medicamentos para doenças cardiovasculares, que cresceu mais de quatro vezes no período. Já o número de unidades de medicamentos para transtornos mentais teve incremento de mais de cinco vezes.
O pico de crescimento foi registrado em 2023, quando a comercialização de medicamentos para diabetes disparou 161%, enquanto os voltados para enfermidades cardiovasculares subiram 150%. No caso das doenças mentais, o aumento foi de 111%. Em 2024, houve uma leve retração, com reduções de 14% na venda de medicamentos para diabetes, 8% para doenças cardiovasculares e 15% para transtornos mentais. Apesar dessa queda, os números ainda se mantêm muito superiores aos registrados no início da série histórica.
“A geração e a análise desses dados são fundamentais para entendermos o perfil dos beneficiários e, com isso, direcionarmos ações que ampliem a eficácia da prevenção e tratamento. O uso inteligente dessas informações nos permite tomar decisões mais estratégicas, promovendo mais saúde e qualidade de vida”, comenta Wilson Oliveira Junior, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da epharma.
Maiores aumentos no consumo por região
O Nordeste foi a região onde houve maior variação. Em 2023, a comercialização de medicamentos para diabetes aumentou mais de 12 vezes, enquanto o crescimento registrado para doenças cardiovasculares e transtornos mentais foi de mais de 11 vezes.
No Centro-Oeste, o aumento foi de 452% nas vendas de remédios para diabetes, em 2023, seguido de uma leve alta de 1%, em 2024. Já os medicamentos para problemas cardiovasculares cresceram 390%, em 2023, e os voltados para doenças mentais tiveram um salto de 584% no mesmo ano, seguido de uma alta de 2%, em 2024.
No Norte, em 2023, as vendas de medicamentos para diabetes cresceram 212%, enquanto para doenças cardiovasculares e transtornos mentais, o avanço foi de 298% e de 121%, respectivamente.
O cenário no Sul também foi de incremento. Os medicamentos para diabetes tiveram crescimento de 88% em 2023, seguido de um aumento de 20% em 2024. As vendas para doenças cardiovasculares cresceram 87%, em 2023, e 2%, em 2024, enquanto os tratamentos para doenças mentais registraram alta de 84%, em 2023, e 14% no ano seguinte.
Já no Sudeste, os medicamentos para diabetes cresceram 57%, em 2023, enquanto os para doenças cardiovasculares avançaram 61% e os para transtornos mentais tiveram aumento de 48% no mesmo ano.
Todos os crescimentos representam a variação do volume de vendas em relação ao ano anterior. A faixa etária que mais consumiu medicamentos para os três tipos de doença foi de 36 anos a 45 anos, representando 30% do total de beneficiários. Na sequência, estão os clientes de 46 anos a 60 anos e de 26 anos a 35 anos, com 27% e 23% do total, respectivamente.
Economia gerada e princípios ativos mais vendidos
O levantamento da epharma aponta que a comercialização de medicamentos gerou cerca de R$ 60 milhões de economia no volume de medicamentos vendidos para os três tipos de doenças entre 2019 e 2024.
Os dados da epharma demostram, ainda, que os princípios ativos mais vendidos para tratamento de doenças cardiovasculares no período foram losartana, rosuvastatina, metropolol, hididroclorotiazida e olmesarta, que atuam na doença aterosclerótica – caracterizada pela formação de placas de gordura nas artérias.
“A losartana e a olmesartana têm ação vasodilatadora e anti-hipertensiva; a rosuvastatina diminui o colesterol ruim (LDL); o metoprolol age diminuindo a frequência cardíaca; e a hidroclorotiazida reduz a pressão arterial com ação diurética. Essas medicações são indicadas de forma individualizada para o tratamento de hipertensão, dislipidemia, infarto, insuficiência cardíaca e arritmias”, explica Lilian Cavalheiro, cardiologista do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.
Em relação às doenças mentais, os princípios ativos com maior volume de vendas, entre 2019 e 2024, foram sertralina, clonazepan, escitalopram, venlafaxina e desvenlafaxina. “As diferenças entre esses medicamentos estão relacionadas principalmente aos mecanismos de ação e indicações terapêuticas. Sertralina e escitalopram são, geralmente, indicados para tratamento de longo prazo de depressão e ansiedade devido ao perfil de segurança e eficácia. O escitalopram é frequentemente escolhido por sua alta seletividade e menor perfil de efeitos colaterais. O clonazepam, por outro lado, é utilizado para tratamento de curto prazo devido ao potencial de dependência e é mais indicado para crises agudas de ansiedade e insônia”, esclarece Alexandre Kakitsuka, psiquiatra do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.
Já os princípios ativos mais vendidos para diabetes, nos últimos seis anos, foram metaformina, gliclazida, dapagliflozina + metformina, semaglutida e dapagliflozina. “Estes são os mais utilizados pelos pacientes porque combinam três características marcantes para medicações de controle do diabetes e para tratamentos de doenças crônicas no geral, sendo elas a disponibilidade ampla e simplicidade do uso, o custo mais acessível e a boa eficácia clínica. A metformina facilita a ação da insulina, hormônio responsável por diminuir os níveis de glicose no sangue, a gliclazida estimula a produção de mais insulina e a dapagliflozina elimina o excesso de glicose circulante no sangue pela urina”, finaliza Felipe Leão, médico endocrinologista do Hospital Orizonti.
Sobre a epharma
A epharma é uma das principais plataformas de gestão de benefícios de saúde do país. A empresa, fundada há mais de 25 anos, atua como um elo, unindo os ecossistemas de tecnologia e saúde, e criando conexões inteligentes entre os principais atores da saúde: indústrias farmacêuticas, gestores de RH, farmácias e drogarias, operadoras de saúde, corretoras, healthtechs e empresas privadas de diversos segmentos. Pioneira ao lançar o Plano de Benefícios de Medicamentos (PBM) no Brasil em 1999, conta com mais de 42 mil farmácias e 2 mil clínicas e laboratórios de diagnóstico credenciados em mais de 4 mil munícipios pelo país, beneficiando 32,9 milhões de pessoas e gerando economia de R$ 2,5 bilhões em 2024. A empresa recebeu os selos Great Place do Work (GPTW), GPTW Mulher e recertificação ISO4001 e tem uma agenda transparente dos pilares ESG onde a meta é redefinir o significado de sucesso, oxigenando conexões para um mundo melhor.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
Maria Eduarda Rocha Arruda
maria.eduarda@maquinacohnwolfe.com