Todos que já trabalharam em uma equipe ou lideraram um projeto sabem como a liderança é essencial para o sucesso de qualquer iniciativa. No entanto, nem toda liderança contribui positivamente para o ambiente de trabalho, e estamos aqui para falar sobre a liderança negativa. Segundo a pesquisa do Talenses Group, 90% dos entrevistados (com 87,9% das mulheres e 86,2% dos homens) relataram ter tido líderes negativos.
Quando a liderança é positiva, ela inspira e motiva as equipes, gerando ótimos resultados. Porém, uma liderança negativa pode destruir a produtividade, prejudicar a saúde mental das equipes e desestabilizar toda a cultura organizacional. Edith Cardoso, especialista em Treinamento e Desenvolvimento Humano, destaca: “Um local de trabalho saudável começa com bons exemplos vindos da liderança. Se um gestor lidera pelo medo, desvaloriza o time ou ignora o bem-estar da equipe, além de minar o desempenho, cria um ambiente de insegurança psicológica, o que gera sérias consequências emocionais”.
Segundo Edith, líderes negativos muitas vezes exercem microgestão, subestimam as conquistas das equipes, demonstram falta de empatia, e utilizam o medo para controlar. Esses comportamentos não apenas afetam a produtividade, mas também aumentam as taxas de rotatividade e problemas de saúde mental, como ansiedade e esgotamento.
Sinais de alerta de uma liderança tóxica
Um dos sinais é o comportamento abusivo. Isso inclui atitudes agressivas, intimidadoras ou até mesmo violentas por parte do líder. Outro fator a se observar é a ausência de respeito pelos liderados. Isso pode incluir falar de maneira rude ou desrespeitosa, ignorar as opiniões e necessidades dos outros ou desvalorizar o trabalho da equipe.
“A falta de transparência também é um sinal comum da liderança tóxica. Os líderes tóxicos podem ser evasivos ou não transparentes em suas ações e decisões. Além disso, o favoritismo também é um dos sinais comuns e pode ter consequências graves para a equipe. Quando um líder mostra favoritismo em relação a determinados funcionários, ignorando as habilidades e méritos dos demais, isso pode gerar sentimentos de incapacidade e ressentimento entre os funcionários que são excluídos”, ressalta a especialista.
Como combater a liderança tóxica e construir um ambiente mais saudável
Implementar avaliações regulares: Regulares: Coletar feedback dos colaboradores anonimamente para monitorar a saúde do ambiente de trabalho;
Promover uma cultura de suporte: criar programas de suporte psicológico e espaços seguros de diálogo;
Treinamentos contínuos: focar no desenvolvimento de habilidades interpessoais para líderes. Pois, em muitos casos, o que gera este comportamento inadequado é a falta de conhecimento e habilidades em gestão de pessoas.
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MARIA JULIA HENRIQUES NASCIMENTO
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