A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, na Capital, foi palco de uma audiência pública na tarde desta segunda-feira (24) que debateu a poluição nas praias e rios do Guarujá e da Baixada Santista. O evento foi promovido em parceria entre o deputado estadual Maurici, coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Meio Ambiente da Baixada Santista, e José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Associação Guarujá Viva, ÁguaViva. Também participaram dos debates representantes da Sabesp e Cetesb, além de moradores e lideranças comunitárias.
Entre dezembro e janeiro, a poluição das praias e rios do Guarujá e de outros municípios da Baixada Santista ganhou visibilidade em decorrência de um surto de virose que atingiu cerca de 11 mil pessoas e sobrecarregou o sistema de saúde da região. “Não podemos aceitar que esse seja o novo normal. A contaminação das águas no litoral é um problema recorrente, que vem se acentuando a cada dia”, afirmou o deputado Maurici.
José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Associação Guarujá Viva, AguaViva, defendeu que a fiscalização do sistema de saneamento seja reforçada para combater despejos clandestinos de esgoto. “Nós queremos caça-esgoto funcionando em todos os bairros do Guarujá. Como esse serviço não pode ser feito simultaneamente, queremos um cronograma de trabalho para que nós, da sociedade, possamos fiscalizar. Nós queremos a transparência”, disse.
Pesquisadora do Instituto Oceanográfico da USP, Luciana Frazão alertou para a necessidade de ampliar os investimentos em tecnologias de tratamento de esgoto para dar conta da expansão populacional que a Baixada Santista vem enfrentando. A pesquisadora também se mostrou preocupada com o registro de contaminação das águas com antibióticos descartados de forma indevida, que poderiam gerar novas cepas de vírus e bactérias mais resistentes e de difícil tratamento.
O gerente da Divisão de Qualidade das Águas e do Solo na Cetesb, Nelson Menegon, também participou da audência pública e explicou o papel da companhia no controle da poluição de praias e rios da Baixada Santista. “É um trabalho muito sério. Temos várias equipes indo para campo semanalmente desde a década de 70”, afirmou.
Sônia Mitri Succar, da Diretoria de Relações Institucionais da Sabesp, afirmou que a companhia está disposta a assumir o compromisso com a população do Guarujá e pediu um relatório com a localização dos problemas abordados durante a audiência pública.
A audiência pública foi transmitida ao vivo pela TV Alesp. Para assistir a íntegra do evento, acesse o link:https://m.youtube.com/watch?v=yDrmYkswivw
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MORGANA SANTOS OLIVEIRA
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