A cultura organizacional é um dos pilares fundamentais para o sucesso de qualquer empresa, pois reflete valores, crenças e comportamentos que moldam sua identidade e influenciam diretamente o engajamento e a produtividade dos profissionais, além de garantir sua capacidade de atrair e reter talentos.
Diante desse contexto, a área de Recursos Humanos (RH) precisa desempenhar um papel estratégico na construção e manutenção da cultura corporativa por meio de ações eficazes e interativas, que precisam ser apoiadas pela liderança. “A sinergia entre líderes e RH é vital para fortalecer a cultura organizacional e levar a empresa ao sucesso”, afirma Neide Leite Galante, diretora de Recursos Humanos, Gestão e Desenvolvimento de Pessoas do ButtiniMoraes Advogados.
Segundo ela, a cultura organizacional não surge espontaneamente, deve ser cultivada ao longo do tempo por meio de práticas consistentes e intencionais. “Uma cultura forte proporciona aos membros um senso de propósito e pertencimento, além de orientar suas decisões e ações no dia a dia. Empresas com culturas bem definidas tendem a ser mais resiliência em momentos de crise, bem como a ter melhores índices de satisfação dos funcionários e reputação positiva no mercado.
Para isso, o RH deve investir em programas de integração, treinamentos, políticas de diversidade e inclusão, assim como estratégias de reconhecimento. “Mas sem o respaldo da liderança, essas ações perder força e impacto, tornando-se meras formalidades desconectadas da realidade da organização”, alerta Neide.
Isto porque os líderes são os principais embaixadores da cultura, pois definem o tom da companhia por intermédio de suas ações, decisões e exemplos. Quando a liderança demonstra alinhamento com os valores pregados pela organização, os colaboradores tendem a seguir esse modelo. Por outro lado, uma liderança desengajada ou incoerente minar os esforços do RH, criando um ambiente de desconfiança e desmotivação.
Uma liderança engajada se manifesta de diversas formas. Primeiramente, os líderes participam ativamente das iniciativas propostas, seja em programas de capacitação, eventos culturais ou processos de feedback e PDI, por exemplo. Além disso, eles precisam comunicar de forma clara e consistente os valores da empresa, garantindo que os princípios sejam compreendidos e aplicados em todos os níveis. Por fim, devem dar autonomia ao RH para inovar e implementar estratégias que reflitam as necessidades da força de trabalho, ao mesmo tempo em que ofereçam suporte para que essas ações sejam bem-sucedidas.
Sinergia entre Liderança e RH
A colaboração entre liderança e RH é essencial para transformar a cultura em um diferencial competitivo. Enquanto o RH traz expertise em gestão de pessoas, dados sobre engajamento e tendências de mercado, a liderança oferece visão estratégica e influência direta sobre as equipes. Juntos, podem alinhar as práticas de gestão de talentos aos objetivos de longo prazo da empresa. “Em uma empresa que valoriza a inovação, por exemplo, o RH pode desenvolver programas de incentivo com premiações por ideias inovadoras. No entanto, sem o apoio da liderança para encorajar a participação e reconhecer os resultados, essas iniciativas correm o risco de cair no esquecimento. Da mesma forma, em companhias que priorizam a diversidade, o RH pode criar políticas inclusivas, mas é a liderança que deve demonstrar compromisso genuíno, promovendo um ambiente no qual todos se sintam valorizados”, pontua a executiva do ButtiniMoraes Advogados.
De acordo com Neide, quando os líderes apoiam as ações de RH, os benefícios para a cultura são inúmeros. Os colaboradores se sentem mais motivados e engajados, porque percebem que os valores da empresa não são apenas palavras no papel, mas sim práticas vivenciadas no cotidiano. “Isso resulta em maior retenção de talentos, redução de conflitos internos e clima organizacional mais positivo. Além disso, uma cultura forte atrai profissionais que compartilham dos mesmos ideais, facilitando o recrutamento e fortalecendo a marca empregadora”, explica a diretora.
É importante considerar que apesar da importância dessa parceria, nem sempre é fácil alinhar liderança e RH. Um desafio comum é a falta de tempo ou de priorização pelos líderes, que podem estar focados em metas de curto prazo. Para superar isso, o RH deve demonstrar o impacto tangível de suas ações na performance da empresa, utilizando dados e métricas que conectem a cultura aos resultados financeiros. Outra barreira pode ser a resistência à mudança, que pode ser superada com treinamentos para os líderes, com o intuito de ajudá-los a compreender seu papel como agentes de transformação cultural. “Afinal, trata-se de um esforço conjunto para implementar ferramentas e estratégias eficazes para estabelecer um ambiente de trabalho saudável e alinhado aos valores empresariais”, acrescenta Neide.
Quando essa parceria funciona, a cultura se torna mais do que um conceito abstrato – ela se transforma em uma força viva que impulsiona o sucesso da organização. Portanto, investir no engajamento da liderança nas ações de RH não é apenas uma boa prática, mas uma necessidade estratégica para empresas que desejam prosperar em um mercado cada vez mais competitivo.
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Clezia Martins Gomes
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