Em 2025, o tatuador Lucas Milk comemora 9 anos de carreira e de sucesso com seu estúdio, o Milk Ink, localizado em Florianópolis, Santa Catarina. Ao longo dessa jornada, Milk não só se tornou um dos profissionais mais renomados da cena artística de tatuagem no Brasil, como também conquistou notoriedade internacional, traçando uma carreira marcada pela paixão pela arte e pela busca constante por inovação.
A arte de tatuar nunca foi tão popular quanto nos dias de hoje. Segundo um estudo da Fortune Business Insights, o mercado de tatuagens está projetado para crescer de USD 2,43 bilhões em 2025 para impressionantes USD 4,83 bilhões até 2032. Esse crescimento expressivo é impulsionado, em parte, pela crescente visibilidade que tatuadores têm conquistado nas redes sociais.
Florianópolis, em especial, se destaca como uma cidade onde a tatuagem se tornou uma verdadeira marca de identidade, sendo quase inusitado encontrar alguém que não tenha ao menos uma arte na pele. E é aqui, no coração de Santa Catarina, que Lucas Milk tem desempenhado um papel crucial.
Uma jornada artística e de desenvolvimento
Lucas iniciou sua carreira como tatuador de uma forma um tanto inusitada. A princípio, ele trabalhava como diretor artístico em uma agência de publicidade, mas foi o amigo de infância, Daniel Heil, neto da renomada artista catarinense Eli Heil, quem o incentivou a se aventurar no mundo das tatuagens. Foi sob a orientação de Daniel que Lucas deu seus primeiros passos, antes de finalmente se lançar como tatuador profissional.
A transição para o mundo da tatuagem foi rápida e natural. Em 2016, Lucas fundou o Milk Ink no bairro Trindade, em Florianópolis. Desde então, seu estúdio se tornou um dos mais respeitados do país, atraindo uma clientela fiel que inclui famosos como o cantor Lucas Lucco, o jogador de futebol André Santos, os integrantes do grupo Cacife Clandestino, o comunicador Rafa Dias e os atletas olímpicos Beatriz Linhares e Caio Souza. Mas o trabalho de Milk vai além de celebridades: ele também colaborou com projetos sociais, como o Cidades Invisíveis. Durante a pandemia, o estúdio fez uma coleção colaborativa com o projeto. Na ocasião, durante 18 meses foram doados R$10 por cada procedimento feito na Milk, com qualquer tatuador.
Milk acredita que a tatuagem é uma forma legítima de expressão artística e que, com a evolução da sociedade, vem ganhando cada vez mais destaque e menos preconceitos. Ele mesmo fez diversas tatuagens que trazem significados profundos para seus clientes, como os aros olímpicos em atletas ou símbolos que fazem referência ao câncer de mama, ajudando mulheres que passaram por mastectomias a resgatar sua autoestima.
Para ele, a tatuagem não deve ser estigmatizada: “a tattoo é uma ferramenta de expressão artística. Com tanta informação, já está mais do que na hora de quem tem preconceito entender que ela não está relacionada a doenças do sangue ou a algum grupo criminoso”, afirma Lucas.
Reconhecimento internacional, conexões globais e gestão de negócio
Desde que fundou o Milk Ink, Lucas tem buscado constantemente expandir seus horizontes. Ele passa metade do ano em seu estúdio em Florianópolis e a outra metade viajando pelo mundo. “Quando eu abri a Milk no início de 2016, eu tinha apenas um ano de experiência com tatuagens, mas já tinha visitado Las Vegas, Barcelona e São Paulo em busca de conhecimento. Essas conexões, junto com o Instagram, que estava em ascensão na época, me fizeram crescer muito rápido, assim como a marca Milk Ink”, explica Lucas.
Ele não só tatuou em diversos estados brasileiros, como também em países como Espanha, Bélgica, França e Países Baixos. Essas experiências internacionais agregaram valor ao seu trabalho, permitindo-lhe aprender novas técnicas e estar sempre à frente das tendências.
Atualmente, o Milk Ink conta com uma equipe de 26 profissionais, cada um com sua personalidade e estilo únicos, mas todos com a mesma dedicação à arte da tatuagem. Para Lucas, o maior desafio de gerenciar um estúdio é equilibrar a diversidade de estilos e sensibilidades dos artistas com a cultura de excelência que ele busca oferecer aos clientes.
Ideia que é corroborada pelo sócio-administrador do estúdio, Pin Bittencourt. “As personalidades diferentes de cada artista, as sensibilidades e a autoconsciência desse profissional precisam ser sempre muito bem administradas, para que tanto os artistas quanto a cultura da empresa tenham excelência e padronizem a experiência do cliente”, explica.
Esse desafio se torna ainda mais relevante com a crescente demanda por tatuagens, que exige que o estúdio mantenha um alto padrão de qualidade e atendimento, enquanto se adapta às novidades do mercado e da tecnologia. O trabalho no estúdio de tatuagem exige uma grande capacidade de adaptação e atualização constante, algo que Lucas Milk compreende como um aspecto fundamental para o sucesso contínuo.
Lucas Milk de olho no futuro
Com 9 anos de carreira e com o décimo aniversário de sua marca no horizonte, Lucas Milk já tem planos ambiciosos para o futuro. “Essas idas e vindas para outros lugares agregam muito valor no meu trabalho aqui. O acesso às novidades, equipamentos, coisas diferentes… Quem sabe saindo também fico conhecido fora, sabe?”, diz ele, refletindo sobre a importância de continuar ampliando suas conexões e crescendo como artista.
A história de Lucas Milk é, sem dúvida, uma inspiração para muitos jovens tatuadores. Seu compromisso com a arte, a busca por conhecimento constante e a visão de mercado são elementos que o tornaram um ícone não apenas em Florianópolis, mas em diversos outros lugares do mundo. Para ele, a tatuagem é muito mais do que um trabalho, é uma forma de conectar pessoas, culturas e histórias, tornando o mundo um lugar mais bonito, expressivo e, acima de tudo, autêntico.
Lucas Milk não apenas celebra uma década de trabalho, mas continua a redefinir os limites da tatuagem, inspirando profissionais e clientes a acreditarem no poder transformador da arte na pele.
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LETICIA DA CUNHA BOMBO
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