No cenário econômico global, muitas empresas enfrentam desafios financeiros que, se não geridos adequadamente, podem culminar em um processo de recuperação judicial. Contudo, uma alternativa cada vez mais recorrente para evitar esse cenário é o crédito internacional, que surge como uma ferramenta estratégica para empresas que buscam se reerguer e evitar o colapso financeiro.
Nos últimos meses, o Brasil tem registrado um aumento expressivo nos pedidos de recuperação judicial. Segundo dados da Serasa Experian, até novembro de 2024, foram contabilizados 2.085 pedidos, o que representa um crescimento de 60% em relação ao mesmo período de 2023, quando o número de solicitações foi de 1.303.
Além disso, o Brasil figura entre os países com maior necessidade de crédito para empresas, ocupando a terceira posição no ranking global. Fatores como inflação elevada, juros altos e uma visão econômica desfavorável têm impulsionado essa crescente demanda por recursos financeiros.
Diante dessa situação, muitas empresas brasileiras estão buscando alternativas no mercado internacional para obter financiamento. Em 2024, observou-se um aumento substancial nas emissões de dívidas externas, que atingiram o maior valor dos últimos três anos. Até setembro, empresas, instituições financeiras e o governo brasileiro emitiram US$ 17,6 bilhões em títulos no exterior, superando os US$ 15,5 bilhões registrados durante todo o ano de 2023.
“Esses números evidenciam a crescente importância do crédito internacional como uma solução estratégica para as empresas que enfrentam dificuldades financeiras, oferecendo condições mais vantajosas para a reestruturação das dívidas e a recuperação da estabilidade financeira”, explica Luciano Bravo, CEO da Inteligência Comercial
Diante dessa realidade, especialistas apontam o crédito internacional como uma alternativa estratégica para evitar que empresas cheguem a esse ponto crítico. O acesso a financiamento estrangeiro pode oferecer melhores condições de pagamento, juros mais baixos e prazos mais flexíveis, permitindo que as organizações reestruturem suas operações antes de recorrer à recuperação judicial.
Luciano Bravo, CEO da Inteligência Comercial, destaca que muitas empresas desconhecem essa possibilidade. “Mesmo com dificuldades financeiras no Brasil, é possível buscar crédito no exterior e usar esses recursos para estabilizar a empresa, evitando um processo longo e desgastante de recuperação judicial”, afirma Bravo.
A busca por crédito internacional, no entanto, exige planejamento. Empresas precisam adotar estratégias de internacionalização para acessar essas linhas de financiamento, incluindo a abertura de filiais no exterior e a estruturação de operações financeiras em bancos estrangeiros.
Com as perspectivas para 2025 apontando para um cenário econômico ainda desafiador, a tendência é que mais empresas brasileiras passem a explorar essas soluções financeiras. “Nosso maior desafio é mostrar ao empresário que existem alternativas para evitar a recuperação judicial e manter o crescimento da empresa”, reforça Bravo.
O Brasil se destaca como o terceiro país do mundo com maior necessidade de crédito para empresas. De acordo com levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), fatores como inflação, alta taxa de juros e uma perspectiva econômica desafiadora têm impulsionado a demanda por financiamento externo. Empresas de médio e grande porte estão cada vez mais recorrendo a fontes de recursos internacionais para evitar o colapso financeiro, buscando não só capital de giro, mas também financiamento para investimentos estratégicos.
O crédito internacional, aliado a uma gestão financeira eficiente, pode ser um caminho para a sustentabilidade de empresas que enfrentam dificuldades, reduzindo o número de pedidos de recuperação judicial e fortalecendo a economia nacional.
Luciano Bravo destaca que a dificuldade em acessar crédito no mercado interno tem levado muitas empresas a explorar soluções fora do Brasil. “A recuperação judicial deve ser sempre uma última instância. O crédito internacional, quando bem utilizado, pode ser a chave para evitar esse cenário. Porém, é fundamental que as empresas busquem orientação para entender como utilizar esse recurso de forma estratégica e eficiente”, explica Bravo.
Com a crise econômica que ainda persiste, a tendência é que mais empresas adotem o crédito internacional como uma ferramenta fundamental para garantir sua sobrevivência. “A recuperação judicial não é uma sentença definitiva. Com a correta estruturação financeira e o uso do crédito internacional, muitas empresas podem se reerguer sem precisar recorrer a essa medida”, conclui o CEO da Inteligência Comercial.
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Andreia Souza Pereira
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