A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) lançou um Edital de Chamamento Público que tem como objetivo fortalecer as organizações da sociedade civil que atuam com produtos do agroextrativismo no Cerrado, áreas de transição com a Caatinga e associações e cooperativas da agricultura familiar que trabalham no âmbito do Programa Pró-Pequi. O investimento será de R$ 1,5 milhão para as melhorias no setor.
De acordo com o assessor técnico da Seapa de Minas Gerais, Samuel de Melo Goulart, o edital já está disponível no portal do governo do estado e as propostas podem ser enviadas até o dia 23 de outubro. Os projetos serão selecionados para a aquisição de equipamentos voltados para a ampliação da produção e melhoria da qualidade e do escoamento de frutos e produtos do Cerrado.
“A primeira coisa que a gente tem que considerar é que todos esses produtos do agroextrativismo do Cerrado são sazonais. Eles não ocorrem no ano inteiro, são frutos de época, Então na maioria dos casos, eles são complemento de renda para as populações que vivem em áreas onde eles ocorrem”, informa o assessor técnico.
Apesar disso, ele explica que, em alguns casos, os produtos podem ser a principal fonte de renda para a família. Por exemplo, no município de Japonvar, localizado no norte de Minas, aproximadamente 20% do Produto Interno Bruto (PIB) vem da exploração do pequi, fruto nativo do Cerrado. “Famílias dependem da extração de produtos do Cerrado, do agroextrativismo. Só no norte de Minas, então 60 mil famílias”, completa.
Além do pequi, os produtos mais conhecidos do Cerrado de Minas Gerais são buriti, macaúba, mangaba, cagaita, coquinho azedo, entre outros.
Agroextrativismo
Em Minas Gerais, o agroextrativismo é vinculado ao Programa de Apoio às Cadeias Produtivas da Agropecuária. Segundo a Seapa, o objetivo é garantir as diretrizes do Programa Mineiro de Incentivo ao Cultivo, Extração, Consumo, Comercialização e Transformação do Pequi e Outros Produtos Nativos do Cerrado (Pró-Pequi).
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