No cenário jurídico em constante evolução, a integração da tecnologia desempenha um papel cada vez mais crucial. Automatizações e robôs têm se tornado ferramentas essenciais para otimizar processos e garantir eficiência. Paulo Souza, sócio da Bernhoeft e responsável pela área de Cálculos Judiciais, compartilha insights sobre as tendências que estão transformando o mercado.
Segundo Souza, a tecnologia tem sido uma aliada fundamental no desenvolvimento de soluções eficazes para o campo jurídico. “Nós entendemos há um tempo que a tecnologia é uma aliada e pode ser implementada também nos Cálculos Judiciais”, afirma. “Acompanhando essa tendência, desenvolvemos internamente tecnologias que nos ajudam a processar dados de forma eficiente e precisa”, revela.
Uma das principais motivações por trás da adoção da inteligência artificial no campo jurídico é a redução de erros e a economia de tempo. “Com automações trabalhando na análise de dados, fica mais fácil encontrar erros e reduzir o tempo de processamento. A otimização de processos é o ponto chave para cada vez mais extrairmos o melhor da capacidade humana dentro das entregas”, destaca Souza.
Na Bernhoeft, a implementação da tecnologia tem impactado positivamente na simplificação dos processos judiciais. “Nossas análises de documentos são feitas através de automações que auxiliam nossa equipe na assertividade e rapidez na entrega”, explica Souza. “Em 2023, concluímos a maior ação coletiva já feita. Foi um caso com 2.222 autores, onde foram analisadas mais de 984 mil páginas de documentos em PDF. Além disso, para realizar o cálculo extraímos informações de documentos em TXT que trouxe mais 1,1 milhão de linhas com informações necessárias para o cálculo. Esses números só foram possíveis devido às tecnologias e automações que temos à disposição”.
Apesar dos benefícios evidentes, a implementação da inteligência artificial no setor jurídico enfrenta desafios devido a resistência e desconfiança por falta de conhecimento, admite Souza. “É crucial superar esses obstáculos para garantir que as IAs sejam utilizadas como ferramentas de apoio à decisão e facilitadoras das tarefas. A automação e implementação da IA são facilitadores e potencializadores da atividade humana, quem se opor ficará para trás”, completa.
Para o futuro da inteligência artificial no campo jurídico, Souza vislumbra uma maior incorporação das IAs em atividades menores, onde elas se destacam como ferramentas de apoio à decisão. “É crucial que as pessoas superem o medo em relação ao seu uso, pois mesmo sendo amplamente difundidas, muitos ainda têm receio ou desconhecimento sobre como utilizá-las”, ressalta.
Com depoimentos de especialistas e análises aprofundadas, fica claro que a inteligência artificial está revolucionando os Cálculos Judiciais, tornando os processos mais eficientes e precisos, e preparando o cenário jurídico para os desafios do futuro.
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RODRIGO GOMBERG BAUSO
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