A nova edição da Revista da SOCESP está inteiramente voltada para a discussão e apresentação das mais recentes novidades no entendimento da aterosclerose, desde a sua fisiopatologia, passando por avanços diagnósticos e terapêuticos. A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo lembra que aproximadamente 40% dos adultos no Brasil têm colesterol alto e apenas um em cada quatro está em tratamento para o controle. Uma recente pesquisa do Ministério da Saúde revelou que quase 20 milhões de pessoas têm colesterol elevado no país.
“Entendida como uma ‘doença dos tempos modernos’, o uso de técnicas avançadas de imagem permitiu a identificação de aterosclerose em múmias humanas de diferentes populações antigas com idade média estimada de 40 anos no momento da morte. A aterosclerose foi encontrada em todas as populações estudadas, exceto em indígenas australianos, e 38% das múmias apresentavam aterosclerose definitiva ou provável. Essa descoberta apoia a hipótese de uma predisposição humana inata à aterosclerose, sobre a qual os fatores de risco cardiovascular modernos podem determinar a extensão e o impacto da doença”, contextualizou o editor-chefe da publicação, Luís Henrique Wolff Gowdak.
A nova publicação traz artigos que revisitam processos desencadeadores e perpetuadores da progressão da aterosclerose, outros que analisam sobre o valor dos biomarcadores inflamatórios como ferramentas auxiliares na estratificação de risco cardiovascular, além de potencial alvo terapêutico, e ainda textos científicos que analisam de forma crítica a aplicabilidade de escores de risco. “A aterosclerose é uma condição clínica frequentemente assintomática durante grande parte de sua evolução e a estratificação de risco na prevenção primária é de suma relevância ao clínico pois permite a identificação daqueles indivíduos sob risco aumentado de desenvolvimento, ou já com presença de aterosclerose subclínica, para que estratégias de intensificação de modificações do estilo de vida e controle efetivo dos fatores de risco possam ser oferecidas”, explica o editor-chefe.
A Revista da SOCESP também apresenta diversas ferramentas diagnósticas baseadas em métodos de imagem, além de discussões sobre o tratamento clínico otimizado e também o arsenal terapêutico do uso dos análogos de GLP-1, classe farmacológica que tem merecido justificado destaque frente aos benefícios oferecidos em populações de alto risco cardiovascular.
. “Deve ser nosso compromisso a cuidadosa avaliação de pacientes, a conscientização da população para a importância dos fatores de risco e a implementação efetiva de estratégias modificadoras da progressão da doença”, concluiu Luís Gowdak.
A edição da Revista da SOCESP teve a coautoria de Maria Cristina Izar e Marcelo Arruda Nakazone. A publicação, com download gratuito, contempla sete artigos médicos, um suplemento com três artigos multiprofissionais dos Departamentos de Enfermagem e Odontologia, além de seis podcasts e três relatos. Acesse: https://socesp.org.br/revista/.
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JOSE ROBERTO LUCHETTI
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