*Por Jamil Mouallem
As mudanças climáticas têm intensificado eventos extremos, como ondas de calor, tempestades e períodos prolongados de seca, que impactam profundamente a estabilidade do fornecimento de energia elétrica em todo o mundo. No Brasil, cuja matriz energética é majoritariamente renovável — com cerca de 83% proveniente de fontes como hidrelétricas, eólicas e solares —, esses fenômenos climáticos afetam especialmente a capacidade de geração hidrelétrica, principal fonte de energia do país. Durante períodos de seca severa, como os registrados em diversas regiões nos últimos anos, a redução no nível dos reservatórios compromete a geração de energia, sobrecarregando outras fontes e aumentando o risco de oscilações e apagões no fornecimento.
Eventos extremos não se limitam à falta de água nos reservatórios. Em Minas Gerais, por exemplo, nas primeiras semanas de janeiro, as chuvas intensas colocaram 43 municípios em situação de emergência, enquanto quase 600 cidades estiveram sob alerta de perigo devido às condições climáticas severas. Foram registradas precipitações de até 100 milímetros e ventos que chegaram a 100 km/h. Esses episódios reforçam como as mudanças climáticas não só desafiam a gestão de recursos hídricos e energéticos, mas também colocam vidas e infraestruturas em risco.
Estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicam que as oscilações de energia em áreas urbanas no Brasil aumentaram 15% entre 2022 e 2023, impulsionadas pelo maior consumo energético residencial e pela sobrecarga das redes em horários de pico. Esses problemas não são apenas inconvenientes; eles geram prejuízos econômicos alarmantes. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), 23% das reclamações relacionadas a eletroeletrônicos estão associadas a danos causados por quedas de energia ou surtos elétricos.
Em Los Angeles, nos EUA, os incêndios florestais causaram prejuízos estimados entre US$ 52 bilhões e US$ 57 bilhões, segundo a AccuWeather. Esses valores abrangem danos materiais, perdas econômicas nas cadeias de fornecimento e interrupções nas atividades empresariais. Além disso, os apagões elétricos decorrentes desses desastres têm se tornado frequentes, afetando milhões de residências e empresas, com interrupções que muitas vezes se estendem por semanas.
No setor corporativo, os prejuízos causados por oscilações elétricas vão além do custo de reparo ou substituição de equipamentos. Pesquisa do Gartner de 2014, estima que o tempo de inatividade não planejado custa, em média, US$ 5.600 por minuto para as empresas, considerando perdas de produtividade, vendas e credibilidade. Esse valor pode escalar significativamente em setores como finanças, saúde e tecnologia, onde a dependência de sistemas digitais é crítica.
Para mitigar esses riscos, a adoção de soluções de proteção energética, como nobreaks, estabilizadores e filtros de linha, é fundamental. Esses dispositivos não apenas estabilizam a tensão elétrica, mas também garantem que equipamentos sensíveis continuem operando durante quedas de energia, evitando perdas financeiras e interrupções nas operações.
Além dos prejuízos imediatos, as oscilações elétricas têm um impacto de longo prazo na vida útil dos equipamentos. Estima-se que surtos de energia reduzam a durabilidade de dispositivos eletrônicos em até 30%, aumentando os custos de manutenção e substituição para as empresas.
Esses desafios também trazem implicações para a sustentabilidade corporativa. Investir em soluções de proteção energética não é apenas uma medida preventiva; é uma estratégia alinhada aos princípios de ESG. Empresas resilientes a eventos climáticos extremos não só protegem seus ativos, mas também demonstram compromisso com a continuidade operacional e a redução de desperdícios.
Conforme as mudanças climáticas continuarem a pressionar a infraestrutura elétrica, a preparação e a resiliência energética tornam-se indispensáveis. Proteger os equipamentos contra oscilações e quedas de energia é um investimento essencial para garantir a sustentabilidade dos negócios, reduzir custos e evitar interrupções operacionais.
*Jamil Mouallem é engenheiro elétrico e diretor Comercial e de Marketing da TS Shara, indústria nacional fabricante de nobreaks, inversores e estabilizadores de tensão e protetores de rede inteligente.
Informações para imprensa: Capital Informação
Gabriela Calderon – gabrielacalderon@capitalinformacao.com.br
Adriana Athayde – adriana@capitalinformacao.com.br
www.capitalinformacao.com.br
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
GABRIELA KANTUTA PANIAGUA CALDERON RIBEIRO
gabrielacalderon@capitalinformacao.com.br