Após duas semanas de aumento, os preços dos combustíveis registraram discreto recuo na terceira semana de fevereiro. A despeito da acomodação mais recente, os motoristas ainda estão pagando mais para completar o tanque. Os números foram extraídos do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Considerando o comportamento dos preços dos combustíveis entre a última semana de janeiro e a terceira semana de fevereiro, a maior alta foi registrada pelo diesel S-10: o preço médio nacional do combustível acumula uma alta de 2,54% no período, o equivalente a um acréscimo de R$ 0,26 por litro, resultando em um preço médio de R$ 6,53 por litro. No mesmo período, o preço da gasolina subiu 2,54% (+R$ 0,16, para R$ 6,53/litro), enquanto o valor médio do etanol exibiu um incremento de 2,11% (+R$ 0,09, para R$ 4,45/litro).
Variações similares foram observadas na média das capitais. Considerando o balanço parcial de fevereiro, por exemplo, o diesel S-10 registrou um acréscimo de 4,29% (+R$ 0,27, para R$ 6,55/litro), seguido pela gasolina, com alta de 2,53% (+R$ 0,11, para R$ 6,48/litro) e também pelo etanol, cujo preço registrou elevação de 2,51% nos postos (+R$ 0,11, para R$ 4,56/litro).
Em termos regionais, o levantamento semanal identificou diferenças importantes no comportamento dos preços entre os estados. No caso da gasolina comum, por exemplo, as maiores altas no balanço parcial de fevereiro foram notadas em postos sediadas no Paraná (+4,8%), Amazonas (+4,4%) e Rio Grande do Norte (+4,4%). Em contraponto, no Ceará (+0,4%), Goiás (+1,0%) e Bahia (+1,3%), os incrementos forma menos significativos.
Comparativamente, no caso do etanol, as maiores elevações foram observadas no Amazonas (+9,4%), Distrito Federal (+5,7%) e Maranhão (+5,6%). Já no caso do diesel S-10, os incrementos mais significativos até a terceira semana de fevereiro foram registrados no Amapá (+8,1%), Distrito Federal (+6,6%) e Amazonas (+6,2%).
Na avaliação do Indicador de Custo-Benefício Flex, que compara o preço médio do etanol e da gasolina comum, considerando o rendimento médio de cada combustível, não houve mudanças significativas entre a última semana de janeiro (71,8%) e a terceira semana de fevereiro (71,7%), uma vez que as variações de preço dos dois combustíveis foram bem próximas. Embora possa ser lido como ligeiramente favorável ao abastecimento com gasolina comum (acima de 70%), o resultado não implica vantagem significativa em termos de economia para os consumidores nos parâmetros do levantamento (entre 70% e 75%).
Em termos desagregados, por outro lado, os percentuais obtidos referendam a opção pela gasolina em estados como Ceará, Maranhão e Alagoas, enquanto no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo, a opção pelo etanol é visivelmente mais econômica.
Essas variações refletem, entre outros fatores, os recentes reajustes anunciados pela Petrobras, aliados à volatilidade do mercado internacional de petróleo. Com a combinação desses elementos, o setor segue em monitoramento, podendo apresentar novas oscilações conforme mudanças na política de preços da estatal e no cenário econômico global.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
RENAN VINÍCIUS SPROVIERI
sprovieri1801@gmail.com