Os problemas vocais causados pelo uso excessivo da voz podem prejudicar a vida pessoal de professores e o aprendizado de alunos, dizem especialistas do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). O som baixo e instável das cordas vocais cansadas ou lesionados dificulta a comunicação desses profissionais e consequentemente que os estudantes escutem e se atentem. Entre os principais sinais do problema estão: rouquidão, falha ao falar e voz mais grossa ou mais fraca.
O “Dia Mundial da Voz”, celebrado em 16 de abril, marca a importância da conscientização sobre os cuidados com a voz para mantê-la saudável.
A voz é um dos principais instrumentos de trabalho dos professores. É por meio dela que ensinam e instruem os alunos. Porém, o ambiente escolar pode ser barulhento e exigir o uso intenso da voz. Por isso, em alguns momentos, precisam aumentar o volume e potência da fala para competir com sons externos ao da sala de aula.
Ao forçar a voz, os professores podem lesionar e desenvolver nódulos nas pregas vocais. Os problemas estão relacionados a alterações permanente nas cordas e à afonia, perda total da voz. Também causa danos à vida social e à profissional, pois a dificuldade de projetar a fala atrapalha a comunicação. No caso dos professores, prejudica a explicação do conteúdo e consequentemente no aprendizado dos alunos, que não o escutam e se dispersam com mais facilidade.
A fonoaudióloga do HSPE Juliana Santarosa explica também que em seu consultório é comum os professores relatarem hábitos prejudiciais à saúde da voz. “Eles precisam falar alto e por muito tempo e, muitas vezes, ingerem pouca água e fazem refeições com intervalos longos”, comenta a especialista.
Também traz prejuízos vocais o uso de pastilhas e chás para suavizar incômodos causados pelo uso excessivo da voz.
Apesar de trazerem alívio, as alternativas podem mascarar sintomas e facilitar o desenvolvimento de problemas sérios nas pregas vocais. Caso os sinais não desapareçam em 15 dias, deve-se procurar por atendimento especializado.
Confira abaixo dicas aos professores para manter a saúde da voz:
Tomar pequenos goles de água durante longos períodos de fala;
Evitar falar enquanto escreve no quadro, pois o objeto atrapalha a propagação do som, facilitando a imposição intensa e desnecessária da voz;
Utilizar microfone e outras ferramentas para aumentar o volume da voz e diminuir o esforço das pregas vocais;
Alimentar-se regularmente e manter uma dieta balanceada, uma vez que nutrição e hidratação adequadas estão relacionadas a boa saúde da voz;
Ter uma boa noite de sono, pois durante o descanso o corpo se repara dos danos causados no período de atividades intensas.
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Fonte: www.saopaulo.sp.gov.br