O mercado de condomínios no Brasil, especialmente em São Paulo, se prepara para um 2024 de transformações significativas, impulsionadas por inovações tecnológicas e uma demanda crescente por habitações que atendam a diferentes padrões de renda. A expectativa de entrega de novos condomínios na capital paulista é quase o dobro do registrado em anos anteriores, marcando uma retomada robusta do mercado imobiliário.
Um aspecto notável desse crescimento é a diversificação nos tipos de condomínios que estão sendo desenvolvidos, abrangendo desde empreendimentos de luxo até habitações destinadas a famílias de baixa renda. A redução da taxa básica de juros, a Selic, é apontada como um fator crucial para estimular a demanda nesse segmento, tornando o financiamento mais acessível e, por consequência, incentivando a construção de novos empreendimentos.
Além do aumento quantitativo, os condomínios estão passando por uma verdadeira revolução tecnológica, com a incorporação de soluções de automação residencial e inteligência artificial, transformando-os em “smart homes”. A infraestrutura de conectividade robusta e a integração de dispositivos e sistemas inteligentes estão entre as principais tendências para melhorar a qualidade de vida dos moradores.
A inadimplência, um desafio constante na gestão condominial, pode ver uma luz no fim do túnel em 2024. A projeção de crescimento da carteira de crédito, juntamente com a queda das taxas de juros, sugere uma possível facilidade no acesso ao crédito, permitindo que os devedores regularizem suas dívidas e, consequentemente, reduzam a taxa de inadimplência nos condomínios.
Gustavo Ferreira, CEO da administradora de condomínios FESAN, destaca a importância de uma gestão financeira eficaz para enfrentar este desafio: “Implementar uma boa gestão do fluxo de caixa e monitorar a previsão de inadimplência são estratégias essenciais. Além disso, estar em conformidade legal e investir em seguros adequados são medidas indispensáveis para garantir a estabilidade econômica dos condomínios”.
A sustentabilidade também é uma tendência crescente, com a busca por eficiência energética se destacando como um objetivo importante para os condomínios em 2024. Essas inovações não apenas reduzem o impacto ambiental, mas também oferecem benefícios econômicos a longo prazo para os moradores.
Os síndicos desempenham um papel crucial nessa transformação, buscando constantemente capacitação e inovações para melhorar a gestão dos condomínios. A ideia é que, com maior preparo e acesso a novas tecnologias, os síndicos possam enfrentar os desafios de uma forma mais eficiente e inovadora.
Em resumo, o ano de 2024 promete ser um marco na história dos condomínios no Brasil, com a adoção de tecnologias avançadas, estratégias de gestão mais eficazes e um foco renovado na sustentabilidade e na inclusão social. Essas mudanças não apenas melhoram a qualidade de vida dos moradores, mas também apontam para um futuro mais promissor e sustentável no setor imobiliário.