Acabam de ser anunciadas as 17 equipes de cientistas de 12 países que aceitaram a missão de viabilizar que no futuro próximo seja possível tornar o mundo livre de doenças. O desafio foi lançado no ano passado quando foram oferecidas bolsas de até US$ 600 mil por equipe científica de universidades ou de hospitais que se dispusessem a fazer pesquisas objetivando 15 projetos de desenvolvimento de reagentes de ensaio de diagnóstico qPCR sindrômico para algumas das principais moléstias infecciosas transmissíveis por vetores que são problemas de saúde pública no mundo inteiro.
Um total de 281 instituições de 47 países se candidataram e, na seleção final, foram escolhidos projetos de cientistas da Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal, Canadá, Estados Unidos, México, Países Baixos, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Coreia do Sul e Quênia.
Foram escolhidos três projetos sobre infecções do trato urinário, dois sobre infecções respiratórias virais e bacterianas, além de projetos sobre dermatófitos (fungos que se nutrem de unhas ou pelos), sobre infecções sexualmente transmissíveis, triagem de vaginite, tipagem de micobactérias não tuberculosas, doenças transmitidas por carrapatos, vírus da febre tropical transmitidos por mosquitos, organismos multirresistentes a medicamentos e Staphylococcus aureus resistente a meticilina.
O projeto foi lançado pela empresa da Coreia do Sul, Seegene, uma das maiores do mundo na produção de testes para diagnóstico PCR, que forneceu os testes para o Brasil enfrentar a recente pandemia da Covid-19, e pela Springer Nature Group, editora acadêmica germano/britânica, que edita várias das mais importantes revistas científicas. Em janeiro de 2024 também a Microsoft se tornou parceira do ambicioso projeto.
O biólogo Guilherme Ambar, CEO do ramo brasileiro da Seegene, explica que as equipes escolhidas para o Open Innovation Program, nome do projeto, serão contempladas não só com recursos financeiros, mas também com insumos para o desenvolvimento de pesquisas. “A Seegene vai fornecer gratuitamente aos pesquisadores os reagentes qPCR sindrômicos, reagentes de extração, sistema de desenvolvimento, instrumento de teste e software relacionado, durante todo o período da colaboração”.
O líder de automação de desenvolvimento da Seegene, Jik Young Park afirma que o desenvolvimento de produtos que reúnam o conhecimento e experiência de cientistas de vários países e instituições é vital “para alcançar um mundo livre de doenças e o Open Innovation Program é o passo inicial nesse caminho”.
O cientista acrescenta que “atraindo numerosos candidatos excepcionais de diversas origens, teremos uma oportunidade inestimável para cultivar uma rede global robusta de colaborações em ensaios clínicos”, necessária para enfrentar o desafio.
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