O glaucoma não tem cura e quanto mais demora a ser tratado, maior a chance de causar cegueira irreversível. A doença geralmente se manifesta a partir dos 40 anos, mas também pode surgir em bebês. Ela se caracteriza pelo aumento da pressão intraocular, em consequência de um desequilíbrio na produção e drenagem do líquido interno do olho, que danifica o nervo óptico.
Para aumentar a conscientização sobre a doença e a importância dos exames oftalmológicos preventivos, a organização global independente World Glaucoma Association realiza até 15 de março a “Semana Mundial do Glaucoma”, que este ano traz o tema: “Unidos por um Mundo sem Glaucoma”.
Muitas vezes a doença evolui sem causar sintomas iniciais, o que atrasa o tratamento e contribui para que o glaucoma figure como a principal causa de cegueira irreversível no mundo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia. A estimativa da entidade é que até 2,5 milhões de brasileiros estejam com a doença e quase 70% desse total ainda não saibam do diagnóstico.
O Dr. Matheus Bedendo Rodrigues da Silva, glaucomatólogo do H.Olhos, Hospital de Olhos da rede Vision One, explica que “um sinal importante de glaucoma é a perda da visão periférica, quando ocorre uma redução na capacidade de visualizar objetos localizados nas bordas do campo visual”. O médico cita outros sintomas que podem surgir:
– dor de cabeça e nos olhos;
– vermelhidão nos olhos;
– visão turva e dificuldade para enxergar;
– halos em arco-íris em volta das luzes;
– sensibilidade à luz;
– aumento no tamanho das pupilas;
– perda súbita de visão.
O tratamento varia de acordo com o tipo da doença, o estágio e a resposta do paciente, sendo que o diagnóstico precoce é fundamental para evitar danos permanentes à visão. O médico diz que existem diferentes tipos de glaucoma e cita os quatro principais:
– Glaucoma Primário de Ângulo Aberto: tipo mais comum de glaucoma, de progressão lenta e geralmente assintomática, afeta mais os adultos e geralmente é hereditário;
– Glaucoma de Ângulo Fechado: ocorre com maior frequência em pessoas de origem asiática a partir dos 60 anos, pode se apresentar na forma crônica, ao longo do tempo, ou aguda, como uma emergência médica;
– Glaucoma Congênito: tipo mais raro de glaucoma está presente a partir do nascimento e pode ser causado por mutações genéticas específicas, sendo que a hereditariedade desempenha um papel importante;
– Glaucoma Secundário: esta forma de glaucoma geralmente ocorre como resultado de outra condição ocular ou de saúde subjacente, sendo que a hereditariedade pode não ser um fator significativo.
“O objetivo do tratamento é reduzir a pressão intraocular e evitar o dano ao nervo óptico. Dependendo da fase e do tipo de glaucoma pode haver indicação de colírios, de laser ou cirurgia. A escolha é individualizada para cada paciente e pode ser necessário mais de um tipo de tratamento para o controle da doença”, esclarece o Dr. Matheus Bedendo Rodrigues da Silva.
O oftalmologista lembra que a prevenção é a principal forma de evitar a cegueira por glaucoma e reforça a importância das consultas de rotina anuais para detectar as fases mais precoces da doença. Outro cuidado importante é seguir o tratamento corretamente, em caso de diagnóstico positivo, para impedir o avanço do glaucoma e preservar a visão.
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SIEGLIND EIKMEIER
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